Mandioca e linguiça dão toque especial aos pratos do Comida di Buteco 2013
O Comida di Buteco, que acontece pela sexta vez em Salvador, trouxe uma grande novidade para a edição de 2013. Pela primeira vez, os 400 botecos participantes em todo o Brasil devem criar as suas receitas com a mandioca e/ou linguiça. Vale lembrar, que para criar o petisco participante, o dono do boteco pode eleger apenas um dos ingredientes obrigatórios ou, se preferir, pode ousar na dupla. A mandioca ou a linguiça também não precisam ser o ingrediente principal do prato, podendo também aparecer como acompanhamento. Com isso, o concurso estimula não apenas a criatividade, pois não podem existir tira-gostos repetidos numa mesma edição, mas também propicia a pesquisa sobre esses insumos.
Determinados os ingredientes principais, caberá à criatividade de cada cozinheiro a forma como os petiscos serão preparados e apresentados aos clientes. No caso da mandioca, ou aipim como chamamos aqui na Bahia, ela poderá ser servida pura (a própria raiz) cozida, frita ou assada, ou através dos seus derivados como a farinha e o polvilho doce ou azedo. Também poderão ser utilizadas as folhas cozidas, preparadas da mesma maneira que se faz a maniçoba, ou em forma de bebida a exemplos da tiquira (a famosa “cachaça de mandioca”, comum no Maranhão) e o cauim (um caldo indígena, feito através da fermentação).
De fabricação caseira ou industrial, fresca ou defumada, de qualquer recheio, todo tipo de linguiça será aceito para o preparo dos petiscos, devendo o cozinheiro atentar aos tipos reconhecidos pela legislação brasileira (calabresa, portuguesa, toscana e paio). Na preparação do prato, a linguiça poderá ser servida inteira, fatiada, aberta e até desconstruída.
Para Eduardo Maya, gastrônomo, um dos sócios do Comida di Buteco, a inserção de ingredientes específicos em algumas edições tem o objetivo de chamar a atenção para elementos típicos da cozinha brasileira ou que influenciaram nossa cozinha e que representam nossa rica identidade culinária. “O mais importante é que a escolha desses ingredientes reforça a missão do concurso de valorizar e resgatar a cozinha de raiz. Nunca perdemos esse foco.”, destaca.
Sobre o Comida di Buteco
A história do Comida di Buteco começou em 1999, quando Eduardo Maya - então produtor e apresentador do programa “Momento Gourmet”, da extinta Rádio Geraes FM - apresentou a emissora a proposta de um concurso que elegesse o melhor tira-gosto de boteco de Belo Horizonte. A ideia logo ganhou a adesão de João Guimarães - proprietário da emissora - e de Maria Eulália Araújo – diretora-executiva da rádio - que, imediatamente, sugeriu o nome do evento.
A primeira edição aconteceu no ano seguinte (2000), com apenas dez botecos participantes. O resultado foi melhor que o esperado, com sucesso de público e crítica. O Comida di Buteco só cresceu mesmo com o fim da Rádio Geraes FM, em 2005, se tornando uma empresa independente.
A cada ano, mais e mais pessoas se envolviam no concurso, transformando o Comida di Buteco em referência nacional. Em 2008, o concurso entrou no conceituado Guia 4 Rodas da Editora Abril e passou a ser realizado em diversas cidades do interior de Minas Gerais e em outros estados. Neste ano também, dois novos sócios se uniram ao projeto: Ronaldo Perri e Flávia Rocha, com a missão de expandir o conceito a outras praças. Em 2013, o concurso acontece simultaneamente em 16 cidades brasileiras, com a participação de aproximadamente 400 estabelecimentos em todo o Brasil.
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