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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Ponte Salvador-Itaparica trará impactos positivos


Ponte Salvador-Itaparica trará impactos positivos para o turismo de quatro regiões do estado

O fortalecimento da atividade turística na Região Metropolitana de Salvador (RMS), Litoral Sul, Costa do Dendê e do Cacau foram alguns dos reflexos positivos proporcionados pela construção da ponte Salvador- Ilha de Itaparica expostos, neste sábado (13), pelo secretário estadual do Planejamento, José Sérgio Gabrielli, durante o painel Ponte Salvador – Itaparica: Impactos econômicos no turismo.

O painel aconteceu, no Núcleo do Conhecimento, espaço dedicado à troca de experiências do II Salão Baiano de Turismo, que segue até amanhã (domingo, 14), no Centro de Convenções. A apresentação contou com a participação do secretário do Turismo, Domingos Leonelli, da senadora Lídice da Mata e do representante do trade turístico, o empresário Marcone Dutra.

O secretário José Sérgio Gabrielli destacou que estudos socioeconômicos serão realizados para subsidiar estratégias que contornem possíveis impactos negativos para os municípios. “A ponte é um vetor de integração de 24 municípios. Ela traz em si muitos impactos neste sentido e suas vantagens não se encerram na mobilidade Salvador-Ilha”, ressaltou Gabrielli. Por isso, explicou o secretário, “não se discute uma obra de engenharia e sim, os ganhos e desafios do projeto por meio do Plano de Desenvolvimento Socioeconômico da  Macro Área de Influência da Ponte Salvador–Itaparica”.

Dentre as vantagens que o equipamento trará para a economia e a atividade turística do estado o secretário enumerou: impulso para o desenvolvimento turístico; desenvolvimento urbano da Ilha de Itaparica; reforço para o plano de turismo náutico; redução do tempo de viagem entre regiões do estado e a capital; distribuição do tráfego leve em novas vias aliviando o fluxo na BR-324; requalificação de acessos viários, melhoria da qualidade de vida decorrente do investimento em infraestrutura, dentre outras.

O debate após a apresentação de Gabrielli contou com a participação de representantes dos municípios beneficiados que buscaram informações sobre o projeto e seus possíveis impactos ambientais e econômicos. “O custo de vida na ilha sobe muito durante o verão. Nossa preocupação é que com o aumento do fluxo esta alta se mantenha por todo o ano”, expôs Delmiro Cruz, morador de Itaparica. O secretário destacou que com a ponte a ocupação na ilha vai passar a ser de moradores e não de veranistas como é atualmente. “O aumento do fluxo vai demandar também novas atividades e serviços. A população deve estar atenta a essas oportunidades”, sugeriu o secretário.

Sobre a atual ocupação do território e a exploração do turismo em Itaparica, o secretário do Turismo, Domingos Leonelli, afirmou que a Setur tem a intenção de atuar mais ativamente na região. “Agora, com mais recursos, aumenta a nossa capacidade de investir na atividade turística da ilha. Como Estado, podemos auxiliar também na formulação do seu plano de desenvolvimento urbano.”, afirmou Leonelli.

O empresário soteropolitano, Miguel Arribas, acredita que a construção da ponte traz muito mais benefícios do que impactos a serem contornados. “Eu entendo alguns questionamentos, mas são problemas que podem ser solucionados com planejamento enquanto, o acesso a Salvador e alguns municípios dependem exclusivamente desta ponte. É inconcebível que Salvador, com três milhões de habitantes, tenha apenas uma saída.”, ressaltou.

Com a ponte, a distância de Salvador para 24 municípios será reduzida em mais de 40% - Itaparica, Vera Cruz, Nazaré, Aratuípe, Salinas das Margaridas, Jaguaripe, Muniz Ferreira, Dom Macedo Costa, Valença, Santo Antônio de Jesus, São Felipe, Maragogipe, Varzedo, Elísio Medrado, São Miguel das Matas, Laje, Amargosa, Mutuípe, Cairu, Taperoá, Nilo Peçanha, Ituberá, Camamu e Piraí do Norte. Para o Litoral Sul será encurtada em 150 km. Até a Ilha de Itaparica o tempo de viagem será reduzido de 1h30 para 30 minutos, em via terrestre. Para Valença a redução será de 3h30 para 1h45. 


Status - A previsão é de que a obra fique pronta em 2018, ao custo de R$7 bilhões. O primeiro edital foi lançado no início do mês e prevê a execução dos serviços de sondagem em mar e em terra. O prazo para a conclusão do levantamento dos dados é de cinco meses a partir da contratação da empresa que vencer a licitação. Nas próximas semanas, será publicado o edital para formulação do projeto básico e estudos urbanísticos do empreendimento.

A ponte terá aproximadamente 12 km, com um total de seis faixas de tráfego e duas pistas de acostamento, o que garante melhores condições de mobilidade e segurança. De acordo com o secretário do planejamento, o projeto prevê, além da ponte, soluções para os acessos aos sistemas viários, assim como a reconfiguração da BA-001, no trecho situado na ilha.

“Temos estudos para avaliar alternativas para o tráfego em Salvador e na ilha. Em Itaparica, por exemplo, ela vai desembocar em local em que o tráfego precisa ser melhorado”, disse.

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