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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Visitas a Forte São Marcelo só em 2014

O Forte São Marcelo, ou Forte do Mar, localizado no meio da Baía de Todos os Santos, voltará a ser reativado e visitado por turistas e baianos no início do verão, em dezembro, com o controle da iniciativa privada. Apesar de nenhuma obra de conserto subaquático da estrutura ainda ter ocorrido – um dos principais problemas apresentados por relatórios técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) – a reativação no verão é o que pretende o acordo selado entre a prefeitura e o órgão federal.
Segundo o secretário de Desenvolvimento, Turismo e Cultura de Salvador, Guilherme Cortizo, um edital será lançado em junho pelo Iphan e a concessão obrigará a empresa vencedora a fazer os reparos subaquáticos, além da manutenção estrutural e interna do Forte São Marcelo. Os recursos serão cedidos pelo PAC das Cidades Históricas, do governo federal, e o controle ficará a cargo do órgão.
Os problemas relatados pelo Iphan, segundo Cortizo, não impedem a visitação, mas a resolução deles é a principal pauta. “Caso a iniciativa privada não absorva a demanda, a prefeitura ficara responsável”, garantiu Guilherme.
Dentro do projeto de reativação do Forte São Marcelo, estão a criação do Museu da Cidade de Salvador, restaurantes, cafés e livrarias. A prefeitura ficaria responsável em normatizar as visitas, horários e formas de chegada ao local, assim como estabelecer o funcionamento de comércio e restaurantes.
“Procuramos com o Iphan construir um modelo de concessão do Forte”, garantiu o secretário municipal. A reportagem não conseguiu entrar em contato com o superintendente do Instituto, Carlos Amorim.
A reabertura do forte, que durante anos fez parte do roteiro cultural da cidade, é uma reivindicação antiga da população. Em fevereiro deste ano um grupo protestou pelo fechamento do forte, desde 2011. Um dos mais bonitos de Salvador, a estrutura fica no meio da baía de Todos os Santos e é avistado por turistas que chegam de navios ou que visitam a parte alta da cidade.
“Ele chama muita atenção e desperta muita curiosidade. Por vezes que vim em Salvador, umas duas, tentei muito visitar o Forte, mas não consegui, sempre fechado. Espero que esteja aberto realmente no próximo verão”, especulou a dentista Márcia Oliveira Franco, moradora da cidade de Feira de Santana. Tombado em 1938, passou por reformas em meados da década de 50, mas desde então, necessita de reparos.
Construído no século XVII, meados de 1610, seu projeto parecia arriscado. Tinha como objetivo de ser a porta de entrada do porto da capital baiana, mas acabou sendo em, 1624, a primeira praça ocupada pelos holandeses, que dispararam balas de canhões aterrorizando os que viviam na cidade baixa e Comércio.
Segundo o historiador Carlos Miguez Garrido, autor do livro “Fortificações do Brasil”, o Forte São Marcelo esteve presente e atuante – com cerca de quarenta e seis peças de ferro e bronze de diversos calibres – os principais conflitos políticos de Salvador. Na Guerra da independecia do Brasil (1822-1823), quando no Dois de Julho, João das Botas, líder da frota de canoas e saveiros – hasteou uma bandeira verde e amarela em comemoração a retirada das tropas portuguesas.
Na Revolta dos Malês, em janeiro de 1835, líderes foram aprisionados dentro do Forte São Marcelo e executados porque defediam o fim do catolicismo e a intolerância religiosa.
Mas foi da independência à República que o Forte do Mar passou a ser mais do que importante, mas também admirado. Ganhou o seu farol de sinalização e auxiliou durante um século (1857 a 1957) as embarcações do Porto da capital baiana. Iluminava também as casas e a bela encosta da cidade de Salvador.

Século XX - E até início do século 20, servia também para prisão de militares, autoridades e estudates indisciplinados. Sua última atividade envolvida com conflitos, segundo os relatos históricos, foi em 1912, quando o então presidente da república, Hermes da Fonseca, resolveu bombardear o palácio do governo estadual, a prefeitura municipal e a biblioteca pública de Salvador, cujos registros recuperados compõem hoje o Arquivo Público de Salvador.
“O descaso não pode acabar com a história de Salvador. Temos visto muitos pontos turísticos, com importância histórica tremenda para a capital baiana, serem esquecidos e destruídos pelo tempo. Está na hora de reverter este quadro, ainda mais em plena chegada da Copa 2014”, afirma o professor de história Eduardo Campos Rocha.
Foto: Manu Dias/Secom
Forte São Marcelo

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