Último número da primeira etapa da publicação traz encarte com os vencedores do concurso cultural Capa Mágica e textos de membros da comissão de seleção do Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger 2012/2013.
Saiu nesta quarta-feira, 29 de maio, a 4ª edição do Cítrica, encerrando o primeiro ciclo do periódico que abre espaço de debate sobre as produções artísticas da Bahia. Neste número especial, além dos textos críticos, há páginas dedicadas ao testemunho de membros da comissão de seleção do Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger 2012/2013 e um encarte com os vencedores do concurso cultural Capa Mágica, em que artistas recriaram capas de discos baianos. Lançada em fevereiro passado através do Programa de Incentivo à Crítica de Artes, promovido pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), entidade vinculada à Secretaria de Cultura do Governo do Estado (SecultBA), a publicação tinha previsão de quatro edições financiadas, concluídas agora.
O Cítrica é desenvolvido em processo colaborativo entre profissionais que cursaram a Oficina de Qualificação em Crítica, realizada no final de 2012, com a equipe da FUNCEB, mas também convida novos interessados em aderir ao trabalho de contribuir para o fortalecimento do campo da crítica no estado. Com uma tiragem de 6.000 exemplares distribuída gratuitamente, parte dela encartada no Diário Oficial do Estado da Bahia, também mantém um blog (www.fundacaocultural.ba.gov.br/citrica), onde o PDF do jornal e conteúdos extras podem ser acessados e comentados pelo público, além de uma página no Facebook para contato direto com leitores (www.facebook.com/paginacitrica).
A resenha de destaque desta edição, de André Bomfim, compara o consumo cinematográfico aos cardápios de restaurantes fast-food. Para estampar a capa, uma ilustração do artista plástico Rogério Geo, que colabora como convidado. Carol Vidal escreve sobre a necessidade de formação de público para museus e opina sobre formas de dinamizá-los. O solo de dança Qualquer Semelhança É Mera Coincidência, de Rafael Rebouças, é analisado em texto de Heber Fontes, e os 20 anos do grupo É o Tchan viram foco do olhar de Jéssica Neri. A literatura vem em dose dupla: na crítica de Thiara Filippo à antologia Literatura e Afrodescendência no Brasil, organizada por Eduardo de Assis Duarte, bem como de sua repercussão na imprensa, e no texto de Valdeck Almeida de Jesus sobre o livro Urbanos, Humanos, Estranhos..., de Maria Prado de Oliveira.
Quatro páginas extras trazem depoimentos de Rodrigo Rossoni, Emanoel Castro, Pedro David e Marcelo Rezende sobre a experiência de terem participado do processo seletivo da 5ª edição do Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger e do que acreditam que os seus resultados, divulgados em abril passado, representam. Um dos maiores concursos para trabalhos fotográficos do Brasil, promovido pela FUNCEB, o edital teve 317 inscritos e três premiados: na categoria principal, “Livre Temática e Técnica”, o selecionado foi André Penteado (SP), com o trabalho O Suicídio de Meu Pai. Em “Fotografia Documental”, André Hauck (MG) venceu com a série Desvios. Em “Trabalhos de Inovação e Experimentação na Área de Fotografia”, o prêmio ficou para Letícia Lampert (RJ), com Conhecidos de Vista.
Completando este número especial, o encarte Capa Mágica apresenta os trabalhos vencedores do concurso cultural proposto pelo Cítrica, que convocou o público para fazer novas leituras, com pitada de crítica e criatividade, de capas de discos de artistas baianos. O álbum Masculino e Feminino, de Pepeu Gomes, ganhou versão assinada por Amana Dultra, Carolina Leal, Leonardo Pastor e Marcelo Argôlo. Já o Muitos Carnavais, de Caetano Veloso, foi retraduzido por Leandro de Cabral Farias.
Sobre o Programa de Incentivo à Crítica de Artes – Lançado pela FUNCEB/SecultBA em 2011, o Programa de Incentivo à Crítica de Artes objetiva renovar e manter a produção de críticas sobre artes no estado, reconhecendo sua relevância para o desenvolvimento da produção em artes, do posicionamento e fruição do público, além da inserção das obras artísticas baianas no panorama das discussões nacionais e internacionais necessárias para sua visibilidade e impulso. Para tanto, este Programa se ocupa de estimular a formação de novos autores, através da realização de ações que incluem seminários, oficinas, publicações e concursos, em busca de consolidar o campo diante dos setores de Artes Visuais, Audiovisual, Circo, Dança, Literatura, Música e Teatro. Em 2012, o Programa de Incentivo à Crítica de Artes promoveu o II Seminário Baiano de Crítica de Artes, a Oficina de Qualificação em Crítica, que se desdobrou no periódico Cítrica, e o lançamento da Série Crítica das Artes, coleção de publicações com temáticas diversas dentro deste universo. Mais informações em www.fundacaocultural.ba.gov.br/criticadeartes.
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