Despreparo de motoristas e motociclistas é a principal causa de acidentes envolvendo motos.
Dados coletados durante três meses por equipes especializadas (Polícias Militar, Corpo de Bombeiros, peritos, médicos e agentes da CET), que atenderam a 326 vítimas nas unidades hospitalares da Zona Oeste da cidade de São Paulo, mostram que o despreparo de motoristas e motociclistas ao transitar nas vias de São Paulo é responsável por 74% das ocorrências de trânsito. Mais da metade desses acidentes foi ocasionada por automóveis (51%) e 49% por motociclistas - em ambos os casos o principal causador é a imprudência dos condutores (88%), conforme as conclusões dos peritos.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) revelou que as principais ocorrências derivam do comportamento inadequado tanto de motoristas quanto de motociclistas, da ineficiência na formação dos condutores e também do uso de drogas e álcool.
O levantamento apontou que 21,3% dos acidentados estavam sob efeito de entorpecentes. Desses, 14,2% tinham consumido drogas (maconha, cocaína ou anfetaminas) e 7,1% estavam alcoolizados. “Não precisamos de mais leis para inibir o consumo de drogas e álcool ao dirigir, mas sim de fiscalização eficiente e punições rigorosas.”, comenta a Dra. Júlia Greve, coordenadora do estudo.
Chama a atenção também que 23% dos motociclistas avaliados pelo estudo não possuíam habilitação e que 94% dos acidentes ocorreram em pista seca, sendo 67% durante o dia e 18% às sextas-feiras.
Jaime Nazário, Presidente do ISM – Instituto SobreMotos, OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público registrada no Ministério da Justiça) voltada para a pesquisa e educação para o trânsito, comenta que: “Já está claro há muito tempo entre os especialistas que a formação dos condutores em geral, e dos motociclistas mais ainda, é precária. No entanto, para reverter esta situação da formação seria necessário promover um estudo por quem realmente entende do assunto, evitando que ideias mal embasadas sejam suscitadas no nosso parlamento. Já a atitude deve ser considerada com a revisão do PLNE (Plano Nacional de Educação), visando incluir o trânsito como objeto de estudo desde o ensino fundamental e com a manutenção constante de campanhas de educação. Por fim, a questão do uso de álcool e drogas já tem penalização severa, o que falta mesmo é fiscalizar”.
Fonte:
http://sobremotos.solupress.com/sobremotos/news/articles/article8277.asp?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+SobreMotos+%28SobreMotos%29
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