Festa da Boa Morte tem missa solene e procissão festiva na quinta-feira (15), dia da Assunção de Nossa Senhora
Secretário do Turismo, Domingos Leonelli, participa da programação
A Festa da Boa Morte, realizada em Cachoeira (110 km de Salvador), chega ao seu ponto alto na quinta-feira (15/08), terceiro dias dos festejos. É o dia da Assunção de Nossa Senhora, anunciado com uma alvorada de fogos de artifício, às 6h. O clima é de muita alegria. As irmãs vestem a roupa de gala: beca preta com xale vermelho à mostra; usam joias e contas de orixás.
As integrantes da irmandade saem da sede, em cortejo, até a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, onde é celebrada missa solene de Assunção de Nossa Senhora, às 10h. Depois, seguem em procissão festiva em homenagem a Nossa Senhora da Glória, com o andor todo enfeitado de flores, pelas ruas da cidade. Após a procissão, muita valsa e samba de roda, no Largo da Ajuda. Às 13h, é servido um almoço, na sede da irmandade. Às 16h, mais samba de roda anima os presentes no Largo da Ajuda.
Divulgada no mundo inteiro pelo governo da Bahia, a Festa da Boa Morte, uma das mais expressivas manifestações do sincretismo religioso, ao reunir elementos das religiões católica e de matriz africana, tem o apoio da Secretaria do Turismo da Bahia (Setur) e da Bahiatursa. A festa, que vai contar com a presença do secretário estadual do Turismo, Domingos Leonelli, na quinta-feira, dia da Assunção de Nossa Senhora, costuma atrair grande número de pessoas à cidade.
Curiosos em conhecer a história e a tradição secular de uma das maiores manifestações culturais do Recôncavo Baiano, turistas de várias partes do mundo enchem as ruas do município. São espanhóis, franceses, ingleses e americanos (a maioria), dentre eles pesquisadores, fotógrafos e jornalistas, que se encantam com a passagem pelas ruas das 22 mulheres que integram a irmandade, chamando a atenção pela demonstração de fé, devoção e pela beleza das vestimentas.
As festividades prosseguem até sexta-feira (16/8) e sábado (17/8), com samba de roda, à noite, a partir das 20h. Na sexta-feira, haverá distribuição de cozido. No sábado, caruru, pipoca e mungunzá.
A Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte vive em amor a Nossa Senhora. Para fazer parte, as irmãs precisam descender de escravos africanos e possuir mais de 50 anos de idade. Contam os historiadores que a confraria surgiu quando um grupo de ex-escravas reuniu-se para conseguir a alforria de outros escravos ou facilitar-lhes a fuga.
Quem for a Cachoeira conhecer a festa da Irmandade, vai encontrar um clima tranquilo nessa cidade histórica, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A cidade possui uma arquitetura com traços barrocos clássicos e belíssimas igrejas com pinturas e azulejos portugueses. Cachoeira também oferece passeios de barco pelo leito do Rio Paraguaçu, uma ótima opção para os turistas que gostam da natureza. Na culinária, além da tradicional maniçoba à base de folha de mandioca, carne bovina e suína -, feijoada, caruru, vatapá, acarajé, abará e moquecas também são muito apreciados.
Como chegar:
Pela BR-324. O motorista segue por 59 quilômetros até o entroncamento da BA-026. Percorre mais 11 km até Santo Amaro. Pela mesma BA-026, por mais 38 quilômetros. De ônibus, a empresa de transporte Santana São Paulo oferece diversos horários. Mais informações: (71) 3450-4951
Programação:
15/8 (quinta-feira)
6h - Alvorada com fogos de artifício
10h - Missa Solene da Assunção de Nossa Senhora na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário
11h - Procissão festiva em homenagem a Nossa Senhora da Glória e posse da comissão organizadora
12h - Valsa e samba de roda no Largo da Ajuda
13h - Almoço das irmãs, com convidados e o povo, na sede da Irmandade
16h - Samba de roda no Largo da Ajuda
16/8 (sexta-feira)
20h - Cozido seguido de samba de roda no Largo da Ajuda
17/8 (sábado)
20h - Caruru seguido de samba de roda e encerramento da festa
Foto: João Ramos - Bahiatursa.

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