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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Bolsa dispara 2,6% e dólar cai a R$ 2,19

A decisão do banco central dos Estados Unidos de manter inalterado o estímulo monetário naquele país fez a Bolsa brasileira atingir, nesta quarta-feira (18), seu maior nível em mais de três meses e o dólar cair para o menor valor desde o final de junho.

Ao contrário do que os analistas previam, o Federal Reserve decidiu manter seu programa de recompra mensal de US$ 85 bilhões em títulos públicos --mecanismo adotado para estimular o país após a crise de 2008. A expectativa era de que houvesse corte no estímulo para algo entre US$ 70 bilhões e US$ 75 bilhões mensais.
O efeito foi positivo sobre os mercados emergentes, que devem manter, ao menos por ora, uma entrada maior de investimentos estrangeiros. O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, fechou em forte alta de 2,64%, a 55.702 pontos --maior pontuação desde 28 de maio deste ano.

O índice chegou a cair 0,5% pela manhã, mas engatou alta depois da decisão do Fed. O mesmo movimento foi visto nos Estados Unidos, com o índice Dow Jones encerrando em alta de 0,95%, o S&P 500 com avanço 1,22% e o Nasdaq com ganho de 1,01%.

A Bolsa brasileira também foi ajudada pelo forte avanço de 2% das ações mais negociadas da Petrobras e pela alta de 10% dos papéis da OGX, petroleira de Eike Batista.

A expectativa de que não haverá redução na oferta de dólares nos emergentes fez o real se valorizar em relação à moeda americana. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou o dia em queda de 0,78% em relação ao real, cotado em R$ 2,239 na venda. É o menor valor desde 23 de julho deste ano, quando estava em R$ 2,215.

Já o dólar comercial, utilizado no comércio exterior, teve baixa de 2,92% em relação ao real, para R$ 2,194 --menor valor desde 26 de junho deste ano, quando estava em R$ 2,189.

A diferença entre as duas cotações acontece porque o dólar à vista fecha às 16h30, e o comercial, às 17h. O anúncio do Fed ocorreu por volta das 15h.

Na avaliação de especialistas, embora a economia americana tenha, sim, mostrado que está se recuperando, o mercado de trabalho dos EUA ainda não está tão sólido quanto o Fed esperava para poder começar a reduzir seu programa.

"A economia americana não está exatamente indo bem. O desemprego caiu, mas foi porque as pessoas desistiram de procurar trabalho, não porque foram contratadas", diz André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.

PROJEÇÕES

De acordo com a autoridade monetária americana, o PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA deve crescer entre 2% e 2,3% em 2013 --a projeção anterior era de um avanço entre 2,3% e 2,8%. Para 2014, também houve corte na estimativa de crescimento, que passou para um crescimento entre 2,9% e 3,1%.

"Isso sugere, na minha visão, que a política acomodativa do Fed [programa de recompra mensal de títulos] deve continuar até meados de 2014. Já a taxa de juros só deverá subir em 2015", afirma Perfeito.

Segundo ele, os investidores têm "exagerado" na avaliação do impacto que um corte no estímulo americano teria sobre os mercados. "Desde a crise, o Fed já injetou US$ 2,7 trilhões na economia americana. Reduzir o valor [do programa de estímulo] não fará grande diferença", enfatiza.

As taxas de juros futuros aqui no Brasil fecharam em queda, acompanhando a desvalorização do dólar. "Com a moeda americana mais fraca, é menor a pressão inflacionária no país, o que reduz a necessidade de elevação dos juros", explica Luiz Gustavo Pereira, estrategista da Futura Corretora.

CÂMBIO

Além da manutenção do estímulo do Fed, que significa que a oferta de dólares no Brasil não será restringida no curto prazo, a desvalorização da moeda americana hoje foi amparada pelas intervenções diárias do Banco Central brasileiro no câmbio.

O Banco Central realizou pela manhã um leilão de swap cambial tradicional, que equivale à venda de dólares no mercado futuro. A autoridade vendeu, ao todo, 10 mil contratos com vencimento em 3 fevereiro de 2014, por US$ 497 milhões.

A operação estava prevista pelo plano da autoridade para conter a escalada do dólar. O programa do BC --que começou a valer em 23 de agosto-- prevê a realização de leilões de swap cambial tradicionais de segunda a quinta, com oferta de US$ 500 milhões em contratos por dia, até dezembro.

Às sextas-feiras, o BC oferecerá US$ 1 bilhão por meio de linhas de crédito em dólar com compromisso de recompra -mecanismo que pode conter as cotações sem comprometer as reservas do país.

Folha

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