No próximo dia 27 de agosto, às 18h, no Foyer do Teatro Castro Alves, será lançado o segundo volume da série “Mestres da Cena”, “Uma Alegre Canção Feita de Azul“, obra escrita pelo jornalista Luiz Lassèrre, sobre a atriz Yumara Rodrigues. O livro “Uma Alegre Canção Feita de Azul“, narra a trajetória de Yumara e suas conexões com a linha do tempo do teatro baiano, incluindo-se aí, registro de seus processos de trabalho com diversos atores e diretores. A narrativa abrange fatos de sua vida desde a infância até o presente, com ênfase na sua atividade como artista de teatro.
O jornalista Luiz Lassèrre diz que optou por fazer um livro de memórias, e não uma biografia de Yumara Rodrigues. Através de uma série de entrevistas gravadas, a atriz falou sobre sua infância, juventude, vida adulta, família, amigos, estudos, amores, carreira, escolhas.... “O resultado é um amplo mosaico da vida de Yumara, dividido em duas partes: "Descortinando o Mundo", da infância dela na cidade do Conde até a vinda para Salvador, nos anos 1950, e "A Vida, Esse Espetáculo", que engloba do início da carreira até os dias atuais”. revela Lasserre. A publicação, com 204 páginas, é fartamente ilustrada por fotos do arquivo de família da atriz e de espetáculos teatrais ao longo de cinco décadas nos palcos. O livro conta ainda com diversos quadros explicativos sobre momentos históricos, personalidades e peças das quais ela participou. .
Mestres em Cena
O projeto “Mestres da Cena”, da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult) realizado através da Fundação Cultural (Funceb), é um conjunto de ações culturais que visa resgatar, homenagear e tornar acessível às novas gerações o trabalho de grandes mestres das artes cênicas da Bahia, trazendo a história e o legado dessas personalidades novamente para o primeiro plano. O projeto acontece em três momentos. O primeiro com a montagem e circulação de um espetáculo-homenagem, construído a partir da história destes grandes mestres. No caso de Yumara Rodrigues, considerada a primeira dama do teatro baiano, foi a montagem de espetáculo-homenagem intitulado “Monstro”, que celebrou seus 50 anos de carreira. Com texto de Marcos Barbosa e direção de Paulo Dourado, estrelado pela mestre homenageada, em parceria com Caio Rodrigo, “Monstro” reuniu textos de várias fases da carreira da atriz.
No segundo momento foi realizada a leitura dramática da peça de Dias Gomes, “O Pagador de Promessas” e lançado o documentário “Yumara Rodrigues – Uma Diva nos Palcos da Bahia”, dirigido pelo diretor de teatro e de programas televisivo Ednilson Mota Pará . Agora o projeto é concluído com a documentação e registro escrito da trajetória de artistas da cena que construíram a história da cultura baiana e, consequentemente, brasileira, através de uma publicação, o livro “Uma Alegre Canção Feita de Azul“ .
O projeto “Mestres da Cena” é uma iniciativa da Secult que converge com uma das linhas de ação do Ministério da Cultura quebusca “identificar e documentar os saberes e modos de fazer, as formas de expressão” que formam o patrimônio cultural brasileiro, ao tempo em que vai ao encontro da política de democratização e acesso aos bens culturais da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Com isto, alia-se memória, democratização e formação culturais - uma forma de pensar a cultura de modo integrado - promovendo o encontro dos saberes e fazeres entre gerações, por meio de linguagens diversas.
Sobre Yumara Rodrigues – Nascida na cidade de Conde, no Litoral Norte da Bahia, Yumara Rodrigues começou sua vida profissional na TV Tupi, onde fez novelas ao vivo. Em seguida deu início à sua carreira em teatro, no grupo amador Teatro de Cultura da Bahia (TCB), coordenado por Nair da Costa e Silva. Atravessou a década de 1960 trabalhando com diversos diretores e grupos da capital e, no início dos anos 1970, tenta a profissão no sul do país, retornando para Salvador em 1974. Três anos depois, monta sob a direção de Manoel Lopes Pontes o grande sucesso “Apareceu a Margarida”, de Roberto Athayde. Neste texto representava uma professora autoritária, uma metáfora da Ditadura Militar então instaurada no país. Na década de 1980, atua em antológicas montagens da Companhia de Teatro da Ufba, grande formadora do imaginário teatral da cidade, como: “Seis Personagens a procura de um autor” (1981), “Caixa de Sombras” (1982), “Ciranda”(1984), “A Caverna” (1985) e “Sr. Puntilla e seu criado Matti” (1987). Atuou ainda em “Dias Felizes” (1985), “Castro Alves” e “A Mais Forte” (1997). Em 1998, atua em dois textos de Bertolt Brecht: “Mãe Coragem” e “O Círculo de Giz caucasiano”. Em 2000, lançou o CD de poesias Primeira Comunhão e, ano seguinte, a peça “Alzira Power”. Em 2006, participou de leituras do “O pagador de promessas” e “A Ópera dos Três Tostões”.
Sobre Luiz Lassèrre - jornalista graduado pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) na década de 1980. Trabalhou nos principais jornais de Salvador, tendo sido editor de cadernos de cultura e variedades no Jornal da Bahia (Revista), Correio da Bahia (Folha da Bahia) e A TARDE (Caderno 2).Foi assessor de imprensa do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), entre 1996 e 1998.Entre os anos de 2000 e 2006, integrou a equipe da organização não-governamental CIPÓ - Comunicação Interativa, atuando na área da comunicação pelos direitos da infância e adolescência.A partir de 2007, volta a trabalhar na redação de A TARDE,como editor no setor Salvador&Região Metropolitana.Participou, em 2008, do 3º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, em Belo Horizonte (MG). Em2010, vence o VI Prêmio de Jornalismo da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), como um dos integrantes da equipe responsável pela série de reportagens “Crise na Justiça Baiana”. Em 2012, é diplomado Jornalista Amigo da Criança pela ANDI – Comunicação e Direitos, em Brasília,distinção concedida a comunicadores que se destacam na promoção e defesa dos direitos humanos.Na área literária, é autor do livro de contos “Rosa dos Ventos“ (Ed. BDA), lançado em 1996. Luiz Lassèrre também é músico – cantor, compositor e violonista.
0 comentários :
Postar um comentário