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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Coordenador do Pós-Lida, James Martins, dá resposta a jornal

Em nota enviada aos veículos de comunicação, James Martins, poeta, organizador e apresentador do Pós-Lida, responde à publicação de um jornal de Salvador. 

Na edição do Pós-Lida, recital de poesia e literatura que aconteceu na quinta-feira (24), no sebo Porto dos Livros, teve como convidado o pagodeiro Igor Kannário. A escolha do 'príncipe do gueto' para participar do evento tem dividido opiniões por parte do público.

James Martins, um dos organizadores do Pós-Lida, foi o responsável pelo convite e afirma ser fã do trabalho de Kannário, que segundo ele, é "dono de indiscutível qualidade musical". "Kannário é a personalidade mais rock'n'roll da música baiana atual. Além disso, como já venho fazendo no Pós-Lida e em outras áreas de minha atuação, me interessa promover uma maior integração e gerar discussão sobre o que se considera cultura sofisticada e cultura baixaria em Salvador". Confira a resposta de James:

"Prezados,

na última quinta-feira (24), recebi no Pós-Lida (recital de poesia e alguma prosa), evento que organizo desde março de 2012 no sebo Porto dos Livros (Barra),o cantor e compositor Igor Kannário, para, como fazem todos os convidados, apresentar seu trabalho artístico e conversar com os presentes. O convite, considerado extravagante por muita gente, gerou polêmica e acabou repercutindo nas redes sociais e na imprensa – à qual respondi sempre que consultado. A participação do artista foi bastante variada: do canto à conversa, à dança, à explicação de algumas gírias, etc. etc. etc. Com o passar do tempo, Igor, que naturalmente estava um pouco ressabiado naquele ambiente novo, foi ficando cada vez mais à vontade e respondendo às perguntas de forma mais aberta, franca, entre amigos. Os assuntos envolveram desde as recentes manifestações até sua relação com o mercado fonográfico. Mas eis que, passando por uma banca de jornal no sábado (26), vejo na capa do Massa uma foto de Igor Kannário e a manchete chamativa: “Eu fumo um chá”.

A matéria se referia à participação do cantor no Pós-Lida, e, em verdade, não publicou nada que ele não tenha dito. Não posso dizer o mesmo em relação a mim, que tive uma declaração extremamente mutilada e modificada. O problema é o tom e o critério de relevância utilizados. Enfim, sem me pretender (jamais!) censor de nada, quero apenas chamar a atenção de todos para a necessidade de começarmos (neste momento semi-novo da cidade) a tentar fazer as coisas de um jeito diferente. Creio que com o convite a Igor Kannário, dei um certo exemplo de ousadia. Mas o jornalismo precisa nos acompanhar. A manchete de capa do jornal Massa empobrece (desnecessariamente) tudo o que ocorreu no evento, coloca a discussão sobre o consumo de drogas de modo apenas sensacionalista e, com isso, não acrescenta nada ao seu público leitor. Em verdade, o teor da abordagem presta um imenso desserviço a uma noite memorável e que deveria ter gerado discussões muito mais ricas e para as quais (não se enganem) o povo é sim capaz. É bom tomar cuidado com o que se oferece à população em busca de lucro fácil e imediato, porque, desse jeito, em breve as pessoas estarão tão embrutecidas que nem conseguirão ler o jornal ou ligar a televisão. E as vendagens vão cair!

Atenciosamente,
James Martins – poeta, organizador e apresentador do Pós-Lida (recital de poesia e alguma prosa)".



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