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terça-feira, 27 de maio de 2014

Camaçari fica fora da festa da Copa

Turistas do mundo inteiro e até uma seleção, a da Croácia, vão se hospedar no Litoral Norte da Bahia durante a Copa do Mundo que começa no dia 12 de junho. O fluxo de visitantes pela Linha Verde será intenso, proporcionando a geração de emprego e renda em destinos como Praia do Forte e Costa do Sauipe, que pertencem ao município de Mata de São João. Camaçari, o segundo maior município do estado em arrecadação, não se preparou para esse momento de aquecimento da economia através do turismo e, infelizmente, ficará de fora da festa.

O Brasil foi escolhido pela Fifa para sediar a Copa no segundo semestre de 2007, ainda na primeira gestão de Luiz Caetano como prefeito de Camaçari. A prefeitura teve, portanto, quase sete anos para se preparar minimamente para esse momento histórico e pujante dentro de mesma administração, já que Caetano foi reeleito em 2008 e ainda fez o sucessor em 2012. Porém, com exceção de uma maquiagem realizada em Arembepe, nada foi feito e a orla de Camaçari nunca esteve tão abandonada, sem condições de atrair um turista qualificado e disposto a deixar muito dinheiro em nosso país.

Vale lembrar que a arrecadação anual de Camaçari é de aproximadamente R$ 1,2 bilhão, ante R$ 100 milhões de Mata de São João, município que conseguiu atrair a seleção da Croácia para se hospedar em um resort de Praia do Forte. Claro que sabemos da vocação de Praia do Forte e Costa do Sauipe, onde existem equipamentos hoteleiros de ponta, mas Camaçari não fez nem o dever de casa. Isso quer dizer que não investiu em pavimentação, recuperação de passeios, iluminação, paisagismo ou mesmo limpeza. Não há nem uma agenda cultural ou de atividades lúdicas na orla programada para o período da Copa.

A situação da orla é melhor em localidades onde a iniciativa privada investiu na construção de condomínios e restaurantes, como Guarajuba e Itacimirim. Mesmo assim, em Guarajuba, como não houve investimento em infraestrutura, o mar já está invadindo parte da área urbanizada da praia e provocando prejuízos. Como o poder público é ausente, outro problema que essas localidades não vão suportar por muito tempo é o aumento expressivo de empreendimentos imobiliários. Exemplo disso é a constante falta de água no Verão ao longo de toda a orla de Camaçari. O último investimento feito em de abastecimento de água data de 2003.

A orla camaçariense possui paraísos abandonados que poderiam ser explorados pelos turistas durante a Copa se houvesse o mínimo de investimento. Em Arembepe, por exemplo, existem lugares encantadores, como a região do emissário submarino, onde o rio passa paralelo ao mar, mas as condições de infraestrutura são vergonhosas. Barra do Jacuípe e Jauá são outros endereços abandonados pelo poder público. Se formos abordar a falta de investimentos na área de saúde e educação, a lista de problemas exigiria outro artigo.

* Antonio Elinaldo é vereador pelo Democratas de Camaçari (Correio)

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