Falta de cuidado com a alimentação pode oferecer riscos para quem tem intolerância alimentar.
Pesquisas recentes revelam que mais de 20% da população de países industrializados sofre de intolerância alimentar ou alergia alimentar. Por isso, especialistas alertam para um diagnóstico eficaz
Em períodos festivos e de celebração de grandes eventos, como o torneio de futebol, muita gente exagera nas comidas e acaba estragando um momento que deveria ser somente de alegria. Para piorar, algumas destas pessoas nem poderiam estar ingerindo certos tipos de alimentos, pois têm algum tipo de alergia ou intolerância a alguns ingredientes e condimentos, mas, por desconhecimento, acabam colocando a saúde em risco. Devido à ausência das enzimas necessárias para processar a digestão de determinado nutriente, o organismo vai desencadear processos inflamatórios causando azia, aftas, gastrite, diarreia, dores e rigidez nas articulações, dermatites, queda de cabelo, enxaqueca, fadiga, ganho de peso e até depressão, entre outros sintomas.
Segundo artigo The Differential Diagnosis of Food Intolerance, publicado na revista científica da Associação Médica Alemã, Deutsches Ärzteblatt International, estima-se que mais de 20% da população de países industrializados sofra de intolerância ou alergia alimentar. Diferente da alergia que se manifesta imediatamente, a intolerância pode levar dias, meses ou anos para apresentar os sintomas. Por isso, existe uma dificuldade em diagnosticar o problema. De acordo com o nutrólogo Leandro Vaz, o médico precisa de uma prova laboratorial para identificar os alimentos rejeitados. “O exame serve como complementação para o histórico clínico e possibilita um conhecimento específico da causa das reações no organismo”, afirma o especialista.
Um dos mais modernos exames capazes de identificar intolerância a alimentos, segundo a gestora Técnica do Laboratório Sabin, Tatiana Ferraz, utiliza a metodologia Microarray, a mesma utilizada pelo setor de Biologia Molecular para estudos do DNA. O teste está disponível nas 15 unidades de atendimento do Sabin em Salvador. O Laboratório é pioneiro ao disponibilizar o exame. “Esse investimento vai proporcionar aos nossos clientes mais segurança e agilidade na entrega dos resultados”, explica.
O teste consiste na coleta de sangue, sem ser necessário estar em jejum. Com a análise da concentração de imunoglobulinas G específicas (IgG) é possível detectar o nível de anticorpo para 221 alimentos, como peixes, frutas, grãos, ervas, carnes, nozes, castanhas, vegetais, leite e seus derivados.
Os resultados quantitativos devem ser sempre relacionados com a condição clínica do paciente. O profissional que assiste o paciente pode, então, orientar a exclusão ou diminuição do alimento estudado. “O médico pode prescrever uma dieta eliminando alguns alimentos enquanto trata a saúde do intestino, recuperando a flora intestinal, revertendo as intolerâncias e oferecendo mais qualidade de vida ao paciente”, completa o especialista.
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