Especialista dá dicas de como avaliar o profissional que cuidará do tratamento
Alívio da dor, problemas na coluna, doenças respiratórias, lesões agudas e crônicas, musculares, nervosas e é necessário então “fazer fisioterapia”. Como, a partir daí, avaliar a qualidade do tratamento?
Segundo a fisioterapeuta e coordenadora do curso de Fisioterapia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Prof.ª Luciana Bilitário, o primeiro passo é verificar se o profissional é formado e está inscrito no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito), informação que pode ser verificada no site do órgão (www.crefito7.org.br).
“Não existe a profissão de ‘técnico em fisioterapia’! Vale também lembrar que estudantes de fisioterapia são futuros profissionais e estão em fase de aprendizado, portanto, precisam da supervisão de um fisioterapeuta para exercer qualquer atividade!”, alerta a fisioterapeuta.
Outro ponto levantado por Luciana Bilitário é a importância de uma avaliação completa. “O fisioterapeuta deve testar os movimentos do paciente, verificar suas articulações, fazer alguns testes que chamamos de funcionais e perguntar sobre como estão suas atividades no dia a dia, em casa e no trabalho; se o paciente se sentir seguro com a avaliação e suas limitações forem reproduzidas e analisadas, está em um bom caminho”.
O tratamento fisioterapêutico pode usar os recursos de eletroterapia (como os conhecidos “choquinhos”) na região da dor; gelo - que também alivia a dor; laser (ótimo na cicatrização); terapias manuais (técnicas específicas de massoterapia, quiropraxia e outras técnicas de mobilização); recursos como a piscina terapêutica (tratamento na água) e o uso de bandagens elásticas (aquelas coloridas, muito comuns entre corredores e atletas) que também podem auxiliar o tratamento.
Como identificar se o tratamento fisioterapêutico está sendo eficiente?
Luciana Bilitário explica que, primeiramente, o fisioterapeuta deverá estar constantemente em contato com seu paciente e sempre reavaliando sua função; os recursos de eletroterapia, crioterapia (o gelo) e calor são coadjuvantes ao tratamento e podem aliviar a dor e preparar o tecido para uma mobilização ou exercícios funcionais (chamamos de cinesioterapia).
“O paciente deve desconfiar se for colocado em um desses aparelhos em todas as sessões e mais nada! Um bom fisioterapeuta avalia sua função, identifica suas limitações ou deficiências, trata, reavalia, usa muito da cinesioterapia, mobiliza, entende muito de músculos, articulações, funcionalidade e tem como meta melhorar sua qualidade de vida a partir da melhora da sua função física”, explica.
Com relação às drenagens linfáticas corporais, ela ainda informa que o paciente também deve estar atento à duração da sessão: “desconfie de uma drenagem linfática corporal de 30 minutos! Neste tempo não é possível drenar todo o corpo com uma técnica correta!”.
Infelizmente o bom tratamento tem um preço mais elevado e muitos profissionais desistiram dos convênios devido ao baixo valor de repasse e aos atrasos constantes nos pagamentos.
A fisioterapeuta informa que as clínicas-escolas oferecem um tratamento com qualidade e credibilidade por estarem vinculadas a instituições de ensino superior, onde os pacientes são assistidos por estudantes supervisionados por professores. “Portanto, a fisioterapia funciona, tem evidências científicas muito fortes e é indicada tanto para a recuperação funcional quanto para a prevenção”, finaliza.

0 comentários :
Postar um comentário