O cálcio e o fósforo são minerais importantes para o organismo humano. Porém, a elevação do índice de cálcio e a diminuição do fósforo no sangue são decorrentes do aumento na produção do paratormônio, responsável por regular a quantidade desses minerais no sangue. Essa disfunção provém do funcionamento excessivo de uma das quatro glândulas paratireoides, que dá curso ao hiperparatireoidismo primário.
A doença causa o aumento da produção do hormônio paratireóidico (PTH) na circulação, acarretando fraturas e outras deformações, além da formação de cálculos renais. Além disso, o hiperparatireoidismo primário pode provocar síndromes neuropsiquiátricas que incluem depressão, confusão mental e hiperreflexia profunda.
De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Bahia e do Grupo Leme, Thomaz Cruz, a doença pode ser de difícil diagnóstico. “A dificuldade para o diagnóstico do hiperparatireoidismo primário é porque ela é uma doença assintomática. A sua incidência é mais comum em mulheres, principalmente, após os 50 anos, atingindo uma em cada 800 pessoas”, diz.
Quando o hiperparatireoidismo se manifesta em grau elevado, os sintomas são:
fraqueza muscular, perda de apetite, fadiga, constipação intestinal, dor abdominal, náuseas, vômitos, sonolência, dores ósseas e outros. Nos casos em que os efeitos se instalam por um tempo maior, surgem sintomas digestivos associáveis à úlcera duodenal e à pancreatite, além de cólica renal, insuficiência renal, atrofia muscular, hipertensão arterial e alterações do eletrocardiograma.
A doença pode ser provocada por tumores benignos (adenomas) - responsáveis por 85% dos casos - hiperplasia e, muito raramente, por tumores malignos na tireóide. Muitas vezes, ela tem associações com outras doenças glandulares, constituindo as adenomatoses endócrinas múltiplas que envolvem o pâncreas, as supra-renais e a hipófise, e com a queda de vitamina D, nutriente essencial para a absorção de cálcio.
“O exame de sangue é o único meio de diagnóstico do hiperparatireoidismo primário. A doença é curada com uma cirurgia realizada para a retirada da glândula e do adenoma, que é identificado através de ultrassom e cintilografia. Em 85% dos casos, o paciente desenvolve apenas um adenoma. Somente 3% apresentam mais de um tumor e em 15% ocorre hiperplasia das quatro glândulas paratireoides”, destaca Dr. Thomaz Cruz.
O médico endocrinologista, Dr. Thomaz Cruz irá discutir esse tema no V Congresso Baiano de Endocrinologia e Metabologia – EndoBahia 2014, que será realizado nos dias 15 e 16 de agosto, no Hotel Sheraton da Bahia. O evento que é promovido pela SBEM Bahia vai reunir médicos endocrinologistas e de especialidades afins, além de estudantes de medicina de toda a Bahia. O congresso tem o objetivo de promover a educação médica continuada e de qualidade nos temas pertinentes à endocrinologia e metabologia, através de uma programação científica elaborada com renomados palestrantes, sempre valorizando a endocrinologia baiana.
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