As epidemias nos cinemas

Já que o assunto da semana é o vírus ébola, proponho uma lista de filmes que tratam de epidemias e as formas diversas em que estas se manifestam. Porque esta idéia? 

Segundo um estudo publicado pela organização Fronteiras da Psicologia, ver um filme triste ou com uma idéia que na vida real criaria medo e terror, ajuda a isolar o perigo real e diminuir uma pressão psíquica. Desta maneira, as emoções negativas se liberam no filme e nós ajuda a relaxar.

O exemplo relativamente recente e com um elenco excepcional (Matt Damon, Kate Winslet, Marion Cotillard, Jude Law, Laurence Fishburne e Gwyneth Paltrow) é o filme Contágio (Contagion, 2011). O aparecimento de uma terrível vírus que está se espalhando a uma velocidade fulminante e tem o poder de matar em alguns dias, desperta horror em todos os lugares. A comunidade médica e os cientistas não conseguem encontrar uma cura e parar o pânico provocado após várias mortes. Enquanto isso, as pessoas tentam encontrar uma maneira de sobreviver em uma sociedade destruída pela terrível epidemia.

Sentidos do Amor (Perfect Sense, 2011) é uma produção independente com Ewan McGregor e Eva Green nos papéis principais, com uma história poética e magnética de amor entre duas pessoas que se apaixonam assim que uma pandemia começa a afetar a população da Europa.

Epidemia (Outbreak, 1995). Um vírus semelhante a Ébola (chamado Motaba), transmitido por um macaco de Zaire, causa catástrofes em uma pequena cidade americana. O filme (Dustin Hoffman, Morgan Freeman, Renee Russo, Kevin Spacey e Patrick Dempsey) foi um verdadeiro sucesso de bilheteria na época. Poucos meses após o lançamento do filme, em Zaire teve uma verdadeira epidemia causada pelo Ébola.

Os Doze Macacos (Twelve Monkeys, 1995). O filme com Brad Pitt e Bruce Willis se passa em um futuro pós-apocalíptico onde um vírus dizimou a humanidade. Para parar o desastre, uma equipe de cientistas enviam o infrator James Cole (Bruce Willis) no passado para encontrar informações sobre o início da pandemia.

Eu Sou a Lenda (I Am Legend, 2007). Em 2012, o virologista Robert Neville (Will Smith) é o último homem em Nova York, depois que o vírus Krippen (realizado no laboratório para curar o câncer) destrói 90% da humanidade. O personagem percorre as ruas com seu cão, evita engenhosamente as infeções da cidade e busca um soro para curar a doença.

Extermínio ou 28 Dias Depois (28 Days Later, 2008). Os chimpanzés infectados em laboratório, na Universidade de Cambridge, com o vírus Rage - que se espalha por mordida direta - são liberados por um grupo de ativistas dos direitos dos animais. Depois de apenas 28 dias, Londres está devastada, e Jim (Cillian Murphy), Selena (Naomi Harris) e Mark (Noah Huntley) estão entre os poucos sobreviventes restantes. O resto dos londrinos se tornam zumbis, e o vírus se espalha por Paris e Nova York.

Filhos da Esperança ou Os Filhos do Homem (Children of Men, 2006). Em 2027, a falta de fertilidade tornou-se uma pandemia que condenou a humanidade à extinção. Não nasceu nenhuma criança durante anos, e reina o caos nas ruas da Grã-Bretanha. Theodore Faron (Clive Owen) é um ex-ativista desiludido que se tornou um burocrata e que vive em uma Londres arrasada pela violência e pelas seitas nacionalistas em guerra. Procurado por sua ex-esposa Julian (Julianne Moore), Theodore é apresentado a uma jovem que misteriosamente está grávida. Eles passam a protegê-la a qualquer custo, por acreditar que a criança por vir seja a salvação da humanidade.

 

Ensaio sobre a Cegueira (Blindness, 2008). O vírus dessa história é uma estranha epidemia de cegueira, que aos poucos se espalha no mundo inteiro.  Tal "cegueira branca" manifesta-se primeiramente em um homem no trânsito e, lentamente, espalha-se pelo país. Aos poucos, todos acabam cegos e reduzidos a meros seres lutando por suas necessidades básicas, expondo seus instintos primários. À medida que os afetados pela epidemia são colocados em quarentena e os serviços do Estado começam a falhar, a trama segue a mulher (Julianne Moore) de um médico ((Mark Ruffalo), a única pessoa que não é afetada pela doença.