Os preços dos remédios poderão subir até 7,7% a partir
desta terça-feira (31). Foi publicada no Diário Oficial da União
resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed)
estabelecendo os reajustes por faixa, que vão de 5% a 7,7%, de acordo com os
níveis de concorrência.
A regulação atinge 9.120 medicamentos. Entre os
medicamentos que são atingidos pela resolução estão produtos de uso contínuo ou
administrados no tratamento de doenças graves. Entram na lista também
antibióticos, anti-inflamatórios, diuréticos, vasodilatadores e ansiolíticos.
Os fitoterápicos e homeopáticos, por sua vez, têm preços liberados.
Segundo o Ministério da Saúde, o grupo 3, que reúne
50,18% dos produtos, teve o menor percentual de ajuste, de 5%. Fazem parte dele
os medicamentos de alta tecnologia e de maior custo, como a ritalina (tratamento
do déficit de atenção e hiperatividade) e a stelara (psoríase). Esse grupo é
considerado de menor concorrência, pois compõem mercado altamente concentrado.
Os medicamentos da categoria 2, referentes a mercados
moderadamente concentrados (25,37% do total), sofrerão o aumento de até 6,35%.
Entre eles, estão lidocaína amoxicilina (antibiótico para infecções urinárias e
respiratórias) e imipenem (antibiótico).
Já o grupo 1, de maior concorrência (24,45% do total),
terá o maior ajuste, que pode chegar ao teto de 7,7%. Dentre estes
medicamentos, estão o omeprazol (tratamento de gastrite e úlcera) e a
risperidona (antipsicótico).
No ano passado, quando a inflação ainda estava em ritmo
menor, o aumento nos preços dos medicamentos autorizado foi bem menor: entre
1,02% e 5,68%. Os novos valores foram fixados considerando a produtividade da
indústria, a variação de custos dos insumos e a concorrência dentro do setor,
além da inflação do período.
* Com Informações O Globo


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