ABIH aponta deterioração do Centro de Convenções como um dos responsáveis pelo baixo resultado do segmento.
A hotelaria de Salvador apresentou em abril um dos piores desempenhos dos últimos anos, com taxa média de ocupação de 48,62% e diária média de R$ 214,65, resultando em um Revpar (indicador ponderado da diária e ocupação) de 104,36. Comparando-se com o desempenho do mesmo período do ano anterior, verifica-se piora tanto na diária média (que passou de R$ 218,60 em abril de 2014 para R$ 214,65 em abril de 2015), quanto na taxa de ocupação – que passou de 51,53% em abril de 2014 para 48,62% em abril de 2015.
Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis-BA (Abih), Manolo Garrido, este resultado deveu-se, sobretudo, à situação precária do centro de convenções, o principal instrumento de atração de visitantes na baixa estação, e à falta de campanhas de divulgação no plano nacional.
“Há anos o trade turístico vem alertando sobre a necessidade de recuperação do Centro de Convenções, sem nenhuma iniciativa concreta até o momento. Perdemos importantes eventos, que poderiam trazer centenas de visitantes, e que são direcionados para outros estados”, afirma Garrido.
A proposta de construção de um novo Centro de Convenções em área situada fora do eixo atual da hotelaria - que hoje se espalha entre a Barra e Stella Maris - resultará em vultosos prejuízos ao investidor, que apostou no potencial turístico da cidade, além de um massivo desemprego nos milhares de postos de trabalho do segmento hoteleiro soteropolitano. “Se nada for feito, muitos desses hotéis fecharão as suas portas”, lamenta o presidente da Abih.
Estes resultados são fruto da Pesquisa Conjuntural de desempenho (Taxinfo), realizada em parceria entre a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis –seções Bahia e Brasil.
Em Salvador, participam da pesquisa uma amostra de 26 grandes e médios hotéis, que oferecem 3.600 apartamentos, o que corresponde a cerca de 18% do total (20 mil apartamentos ou 40 mil leitos, segundo a Pesquisa de Serviços de Hospedagem de 2011 do IBGE). Os dados são fornecidos mensalmente pelos próprios hotéis ao Portal Cesta Competitiva e a média resultante constitui indicador para avaliar a evolução da atividade de hospedagem em nossa capital.
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