Trabalhadores petroquímicos estão com atividades paralisadas desde zero hora desta sexta-feira.
Na Bahia, a categoria petroquímica ligada às empreas do Polo de Camaçari foi a primeira a aderir à paralisação nacional convocada pelas centrais sindicais para esta sexta-feira (29) contra as Medidas Provisórias 664 e 665, o PLC 30/2015 (PL 4330). Desde zero hora, trabalhadores de empresas como Braskem, Elekeiroz, IPC paralisaram as atividades e vararam a madrugada na estação de transbordo do Pool I, na rua Nafta. Por conta disso, não houve rendição do turno nas fábricas.
De acordo com o Sindiquímica, o movimento começou por volta das 23h, com o desvio dos ônibus que levavam os funcionários para as fábricas do Polo. Ainda de madrugada, por volta das 4h, o sindicato se juntou a outras organizações e centrais sindicais para bloquear os principais acessos ao Complexo Industrial de Camaçari. Participam da paralisação, além dos petroquímicos, metalúrgicos, operários da construção civil, vigilantes, papeleiros, borracheiros, etc.
A paralisação nacional convocada pelas centrais sindicais tem como objetivo protestar pela aprovação, na Câmara dos Deputados, de vários projetos contrários aos direitos dos trabalhadores. Um deles foi o PL 4330 (Projeto de Lei) que aguarda votação no Senado como PLC 30 (Projeto de Lei da Câmara). Pelo projeto, os trabalhadores contratados diretamente serão demitidos nas empresas e substituídos por terceirizados, sem direitos, com salário menor e maior carga de trabalho. Já os terceirizados serão substituídos por quarteirizados em situação ainda pior. Para os sindicalistas será o fim do 13º, das férias remuneradas, do FGTS, do Seguro-Desemprego, da estabilidade para os servidores públicos, além do aumento da rotatividade no emprego e das demissões.
Além disso, em relação às MPs 664 e 665, agora a luta é para que sejam vetadas pela presidenta Dilma Rousseff. A MP 664 muda as regras para a concessão do auxílio-doença e pensão por morte, e a MP 665, dificulta o acesso ao abono salarial e ao seguro-desemprego, prejudicando especialmente os mais jovens. A primeira já foi aprovada na Câmara e no Senado e a segunda já passou pelo crivo, dependendo apenas da segunda Casa para ir à sanção da presidenta.
Essas medidas adotadas pelo governo federal fazem parte do pacote de ajuste fiscal do ministro da Fazenda Joaquim Levy, que prevê profundos cortes no orçamento da União, mas mexendo no bolso dos trabalhadores e dos mais pobres.
Os sindicatos também se manifestam contra à PEC da Corrupção (PEC 182) que o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) conseguiu passar por baixo do tapete por meio de um golpe na pauta legislativa, legalizando o financiamento empresarial de campanha que agrava ainda mais a corrupção no Brasil.
Mais informações com os diretores do Sindiquímica, Carlos Itaparica (71 8884-0484), Jairo Jesus (71 8600-1886), José Pinheiro (71 8897-3305) e Iglesias Cabalero (71 8604-0101)


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