Integrando a programação do Festival Internacional de Artes Cênicas (Fiac Bahia), o Passeio Público, no Campo Grande, em Salvador, e administrado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), unidade da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), recebe na terça (27) e quarta-feira (28), às 17h, o espetáculo gratuito e de classificação livre ‘Cosme e Damião’, concebido e dirigido por Gilles Pastor, da Companhia Kastôragile.
A apresentação, com base em Lyon (França), tem a participação do bailarino Edu O. e do ator francês Jean-Philippe Salério. A proposta da montagem é convidar o público a contemplar a paisagem junto aos dois homens, por meio de um ritual entre o dia e a noite, fazendo uma reflexão sobre o apego, o pertencer, a separação, a ruptura, o desapego e o afastamento.
Em Salvador, os cultos se misturam, se contemplam e se afrontam. Uma estranha gemelidade conecta os corpos de dois intérpretes, o bailarino Edu O. e o ator Jean-Philippe Salério. Eles são parecidos fisicamente - um é brasileiro, o outro francês. Um é bailarino, o outro ator. Um é paraplégico, o outro não. Dois homens observam uma paisagem e este é o ponto de partida deste duo. Os artistas convidam o público a contemplar esta paisagem. Dois corpos representam a lenda dos santos gêmeos Cosme e Damião.
Sobre o diretor
Gilles Pastor é ator, autor e diretor de teatro. Em 2002 fundou a Cia KastôrAgile, com base em Lyon (França). Na companhia, ele desenvolve um teatro pessoal e íntimo, partindo de materiais autobiográficos (vídeos de família, sexualidade, doença, entre outros.) e seu trabalho o conduz à exploração das fronteiras entre diferentes gêneros.
Os espetáculos que produz são, na maioria das vezes, a narração de uma viagem, real ou fictícia. Gilles realizou residências de criação em Lyon, na Villa Gillet, Centre de Rechercher Contemporeines, e no Subsistances, Laboratoire de Création Artistique. Em 2007 ganhou o prêmio Villa Médicis Hor Les Murs para trabalhar em Salvador.
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