Os servidores da Transalvador decretaram na última terça (15), greve por tempo indeterminado em virtude da posição do prefeito ACM Neto de não conceder reajuste ao funcionalismo municipal.
A Associação dos Servidores em Transporte e Trânsito do Município (ASTRAM) informa que apesar da arrecadação da prefeitura só ter aumentado nos últimos três anos, a situação dos servidores só fez piorar.
“Existem demandas que estamos tentando resolver desde 2014 e até agora nada, o descaso com o servidor público é total. O prefeito fala tanto em crise, mas essa crise é só para o servidor municipal e a população, já que o salário do prefeito teve aumento de 73% e os gastos com cargos comissionados aumentaram 1.118% na sua gestão”, disse André Camilo, vice-presidente da ASTRAM.
“Como a prefeitura não tem dinheiro para reajustar o salário dos servidores se a arrecadação só cresceu nos últimos anos. O IPTU e inúmeros outros serviços prestados a população foram reajustados muito acima da inflação, a arrecadação com multas só no primeiro semestre de 2015 rendeu mais de R$ 30 milhões aos cofres públicos, onde está todo este dinheiro?”, questiona Luiz Bahia.
Segundo a entidade a greve continua por tempo indeterminado e a categoria volta a se reunir em assembleia nesta quinta (17) e posteriormente deve realizar uma caminhada de protesto na região do Iguatemi junto com os demais servidores municipais.
“O prefeito só pode estar de brincadeira, achando que o servidor público é palhaço. Como um prefeito, que é virtual candidato a reeleição, diz que a Data Base da categoria é em maio e que só pode conversar sobre reajuste no final do quadrimestre, em abril? Realmente nossa Data Base é em maio, mas será que ele e seus assessores desconhecem que a legislação eleitoral proíbe que no período de 180 dias antes das eleições, até o dia da posse dos candidatos eleitos, haja aumento de remuneração para o funcionalismo público. Isto é, se não tivermos reajuste até 01/04, iremos para o segundo ano sem ao menos a reposição inflacionária, que só no ano passado foi de quase 11%”, disse Luiz Bahia, presidente da ASTRAM.
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