Os 160 idosos atendidos pelo Centro Social Urbano de Mussurunga estão preocupados com a situação pela qual passa este importante instrumento de lazer e integração das pessoas da “melhor idade” da região.
Os idosos reclamam que desde o início das atividades deste ano, o CSU de Mussurunga não está funcionando em sua plenitude. “Infelizmente percebemos que os cortes do governo também atingiram os CSU´s. Frequentamos o grupo três vezes por semana e a questão da alimentação está precária, o que muitas vezes impede que passemos o dia todo na unidade, sem contar que muitos idosos são carentes e realmente precisam da alimentação fornecida pelo CSUs”, informou a Sra. Marlene Assunção, 73 anos, frequentadora do espaço há 22 anos.
O CSU de Mussurunga foi criado em 1979 e o grupo de convivência do qual os idosos fazem parte já tem 26 anos de existência. O trabalho realizado no espaço busca fortalecer os vínculos familiares e comunitários, evitar o isolamento e asilamento dos idosos, oportunizando o resgate de sua autoestima, autonomia e melhora a qualidade de vida. Além do atendimento aos idosos também são realizadas atividades com jovens e crianças da região.
Segundo os idosos, o maior problema enfrentado pelo grupo hoje é a retirada dos técnicos de idosos, que já tem mais de uma década trabalhando nesses locais, além de todo um envolvimento com os idosos e a comunidade.
“Não adianta, nós acabamos criando um vinculo com esses profissionais que doam seu tempo, carinho e atenção, como se fossemos alguém da família deles. A técnica Maria Sirley está conosco há 13 anos e sou prova viva de como ela fez e faz a diferença na minha vida e na vida de diversas outras pessoas que estão aqui. Infelizmente, ela e técnicos de outros CSU´s foram relocados para FUNDAC devido a um decreto do governador, o que deixou muitos idosos tristes e o grupo abalado”, disse a Sra. Bernadete Batista, 85 anos, frequentadora do CSU de Mussurunga há 24 anos.
O grupo cita que diversos idosos que frequentam o local já tiveram problemas de depressão, mas que o trabalho incansável destes técnicos de idosos ajudam a superar o problema, elevam a auto estima e mostram que ainda há muita vida lá fora.
“Entendemos que a crise está afetando diversas áreas do governo, mas solicitamos uma maior atenção por parte da Fundac, da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, e do governador Rui Costa, para que nossas necessidades básicas sejam atendidas e que, por favor, promovam o quanto antes o retorno dos técnicos de idosos para os seus CSU´s de origem”, reivindicou a Sra. Amparo dos Santos, 71 anos, frequentadora do CSU há 18 anos.
0 comentários :
Postar um comentário