Minadores naturais de água limpa foram encontrados na encosta do complexo arquitetônico e histórico do Solar do Unhão, no declive que divide as cidades Alta e Baixa, em Salvador. A descoberta foi feita pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), unidade da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), que administra o solar e está responsável pela reforma do espaço onde funciona o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) composto por capela, casarão, salões expositivos, pátios, café, cinema, reserva técnica, parque das esculturas e áreas verdes.
“Originário do século 17, o conjunto do Unhão está às margens da Baía de Todos-os-Santos e ao pé da encosta de Salvador, que tem cerca de 70 metros de altura, com vários minadores naturais, com água sempre correndo para o mar e queremos aproveitá-la agora”, afirma o diretor-geral do Ipac, João Carlos de Oliveira. Segundo ele, o sistema de captação de água criado pelo Ipac vai evitar também infiltrações nos edifícios do MAM, além de economizar no custo do abastecimento, pago pelo Estado.
Segundo ainda João Carlos, os testes realizados comprovaram que “a água é limpa”. No entanto, será introduzido sistema de filtragem entre os reservatórios. O MAM possui 5.455 metros quadrados de área construída e 10.047 metros quadrados de área total. “A encosta do complexo do Unhão é feita de rocha natural, chamada rocha ‘sã’, e é justamente nesse local onde mina água”, explica o diretor, salientando que galerias de coletas captarão a água e se dirigirão para um reservatório. “Depois a água vai para um tanque auxiliar e bombas de sucção e recalque a lançarão para a parte mais elevada do MAM, nos arcos da Avenida Contorno”, O reservatório nos arcos terá capacidade para 55 mil litros.
Combate a incêndios
De acordo com o arquiteto fiscal do Ipac na obra, Adolfo Roriz, a água chegará às torneiras do MAM para equipamentos sanitários e irrigação de áreas verdes e será utilizada ainda para sistema de combate a incêndios. O MAM é um dos museus mais frequentados do Ipac. Nos sábados, visitação atinge cerca de duas mil pessoas, sem contar com outros dias da semana. Além do MAM, o instituto está responsável pelo Palacete das Artes (Graça), Museu de Arte da Bahia (Corredor da Vitória), Passeio Público e Palácio da Aclamação (Campo Grande).
No Pelourinho/Centro Histórico de Salvador, administra o Centro Cultural Solar Ferrão, os museus Tempostal e Udo Knoff, além da Praça das Artes. No interior, Convento dos Humildes (Santo Amaro), Parque Castro Alves (Cabaceiras do Paraguaçu) e Museu Wanderley (Candeias). Mais informações est]apo disponíveis no site do Ipac.
Fonte: Ascom/Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac)
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