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segunda-feira, 23 de maio de 2016

Câncer de ovário é o tumor ginecológico que mais mata em todo o mundo


No Brasil, a doença causa a morte de mais de 3 mil mulheres por ano.  

É muito comum ouvimos falar sobre câncer de mama, do colo útero e de tantos outros tipos que acometem as mulheres, mas poucas pessoas conhecem sobre o câncer de ovário. Atualmente, ele é considerado o câncer ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e também o mais fatal.

São quase 250 mil novos casos diagnosticado anualmente em todo o mundo, desse número, cerca de 140 mil acabam em morte. No Brasil, o número de casos notificados é crescente e preocupante, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), somente em 2014 foram contabilizados 5.680 casos, a estimativa para 2016 é de 6.150 mulheres diagnosticada com a doença, e ao menos 3.330 mortes.  Três quartos desses cânceres, quando diagnosticados, já se encontram em estágio avançado, o que diminui consideravelmente as chances de cura.

O câncer de ovário é um tipo de tumor que começa no sistema reprodutor feminino, não se sabe exatamente o que causa a doença, mas, de acordo com o ginecologista do Hapvida Saúde, Hamilton Franco Júnior, entre os fatores de risco estão: fatores genéticos (mudança no DNA); uso de medicamentos para fertilidade, uso de andrógenos (hormônios esteroides), antecedente familiar, idade (acima dos 40 anos), não ter filhos ou ser estéril, realizar reposição hormonal e ter síndrome dos ovários policísticos.

O ginecologista explica que existem três tipos tumores que ocasionam o câncer de ovário: “os tumores epiteliais que surgem na camada externa do ovário, os tumores de estroma que aparecem no tecido que contém células produtoras de hormônios e, os tumores de células germinativas que começam nas células produtoras de óvulos”, o último é mais comum em mulheres mais jovens.

Os sintomas do câncer de ovário são discretos e tardios, ou seja, costumam aparecer apenas quando a doença já está em estágio avançado e  espalhou-se por boa parte do aparelho reprodutor. Eles são frequentemente confundidos com os sintomas de outras doenças, fato que complica ainda mais a realização de um diagnóstico precoce, como explica o médico do Hapvida: “Uma grande dificuldade é que os sintomas são inespecíficos, não é como câncer de útero que a mulher sangra. A recomendação é: sentiu alguma coisa fora do habitual, procure o médico”.

     Entre os possíveis sintomas estão: o aumento do volume abdominal, dor abdominal ou pélvica, necessidade frequente de urinar, náuseas, dificuldade para comer ou a rápida sensação de saciedade, alterações do ciclo menstrual, dor durante a relação sexual, dor nas costas e prisão de ventre.

     O câncer de ovário, conhecido como “assassino silencioso” se apresenta mais frequentemente entre mulheres acima dos 40 anos, porém, qualquer mulher pode apresentar a doença, por isso, é importante relatar ao médico qualquer um dos sintomas citados acima. O diagnóstico pode ser iniciado através de exames de imagem (ultrassonografia, tomografia) ou através de marcadores tumorais detectáveis no exame de sangue, porém, o diagnóstico definitivo só pode ser feito através de biópsia (retirada cirúrgica de um pedaço do tumor).

       Apesar do percentual de cura ainda ser baixo, o diagnóstico na fase inicial da doença pode fazer toda a diferença. Se detectado quando contido ainda no ovário, até 90% das mulheres tem chance de sobrevida de mais cinco anos. Segundo Hamilton, o risco de desenvolver a doença é menor, mas não inexistente, para os seguintes grupos:“Mulheres que tiveram filhos, pois a amamentação pode reduzir ainda mais esse risco e mulheres que usaram pílulas anticoncepcionais  por mais de cinco anos”.


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