Em comemoração ao Dia da África (25 de maio), a Diretoria de Museus (Dimus), do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), convida o público a contemplar a exposição “Arte Africana” e a “Coleção de Instrumentos Musicais Tradicionais Emília Biancardi”, que apresentam peças com conteúdo remetente à África e sua cultura, e fazem parte do acervo permanente do Centro Cultural Solar Ferrão, localizado no Pelourinho. As mostras estão disponíveis para visitação gratuita, de terça a sexta, das 12h às 18h, e aos sábados, domingos e feriados, das 12h às 17h.
Comemorado nesta quarta-feira, o Dia da África marca a importância da libertação do povo africano contra o colonialismo e o apertheid, sendo uma data ainda pouco valorizada no Brasil, país com maior número de negros fora do continente africano.
Coleção de Arte Africana
O colecionador italiano Claudio Masella (Roma, 1935-2007), reuniu, por mais de 30 anos, uma coleção de arte africana com mais de mil exemplares. Esses objetos ilustram a arte dos principais grupos étnicos do continente africano, compondo um panorama ímpar para entendimento da diversidade cultural e as suas influências na formação do Brasil. Os itens foram doados ao Governo do Estado da Bahia, em 2004.
Instrumentos musicais tradicionais
Instrumentos musicais tradicionais de corda, sopro e percussão são encontrados em todo o mundo, em diferentes épocas e culturas. Através de pesquisas históricas, iconográficas e etnomusicais, é possível conhecer a trajetória dos instrumentos, suas origens, transformações adaptativas e modernizações.
O recorte direcionado aos Instrumentos Musicais Tradicionais Africanos e Afro-Brasileiros destaca o berimbau, que é o instrumento mais característico da Bahia. Esse instrumento monocórdio de arco e corda tem antepassados milenares em vários países. É composto por um arco de madeira vergado com uma cabaça cortada na parte inferior e uma única corda de arame tensionada, que é percutida por uma vareta de madeira acompanhada de um caxixi (pequeno chocalho de palha ou vime trançado com alça para segurar). Um dobrão (moeda, pedra roliça ou ruela de metal), segurado na altura da cabaça, ao tocar a corda interfere na vibração, dando ao som, timbres diferentes. Para a maioria dos estudiosos, o berimbau atual é de origem africana banto. Há registros de seu uso no Brasil, pelos afrodescendentes, nas ruas (vendedores ambulantes e pedintes) e nas festas populares sendo, depois, incorporado à roda de capoeira.
Fonte: Ascom/Dimus
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