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segunda-feira, 16 de maio de 2016

Novo governo, velho descaso


Na época quando o processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff esquentava o panorama político do congresso, o vice-presidente Michel Temer concedia entrevistas afirmando que a composição do seu provável governo constituiria um elenco de “notáveis ministros”, selecionados sobre a capacidade técnica e científica do cargo.

Mas com o desenvolvimento das articulações políticas no congresso nas duas câmaras federais, tanto entre os deputados como entre os senadores, ficou comprovada a velha forma de se produzir as políticas neste país. Os “aliados” de Temer passaram a pressionar sobre suas futuras participações no governo de transição, exigiram cargos nos ministérios, pastas, assessorias e influências internas visando às eleições de 2018.

Sobre o slogan governista de “ordem e progresso” os novos ministros de Temer foram divulgados em documento repassado pela imprensa na coletiva de posse, os tais “notáveis” surpreendentemente assustaram o país à medida que seus nomes foram sendo mencionados, políticos ligados às investigações da polícia federal, outros com provas mais do que suficientes de corrupção, com inquéritos tramitados em instâncias máximas do judiciário brasileiro, estas pessoas foram tratadas pelo governo Temer como instrumentos políticos de alta capacidade para retirar o país da crise.

Ironicamente alguns desses ministros supostamente chefiaram articulações de extorsão e propinas para favorecimento pessoal, agora defendem a “ponte para o futuro” que segundo Michel Temer levará o país aos rumos do crescimento econômico.

Três destes novos ministros são alvos da operação lava-jato como é o caso de Romero Jucá (Planejamento), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), e Henrique Eduardo Alves (Turismo). Com a posse nos ministérios eles terão agora foro privilegiado, ou seja, as investigações saem das mãos do Juiz Sergio Moro e passa ser de exclusividade do STF, fato estranhamente criticado pela sociedade, por ser este justamente um dos motivos que levaram o ministro do STF, Gilmar Mendes proibir a posse do ex-presidente Lula ao Ministério da Casa Civil.     

Respondem às suspeitas de envolvimento em corrupção e inquéritos no STF também os novos ministros Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia e Comunicações), Maurício Quintella Lessa (Transportes), Ricardo Barros (Saúde). Um dos homens mais próximos de Temer, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi citado na delação premiada do ex-senador cassado Delcídio do Amaral (MS). Mas neste caso o inquérito contra Eliseu ainda não foi promulgado.

Sem mencionarmos que os ministros “notáveis” de Michel Temer tiveram nomes de familiares encontrados na lista da Odebrecht durante as investigações da lava-jato, a lista envolvia supostos pagamentos mensais a políticos para favorecimento da empresa em licitações, na época a polícia federal chegou à conclusão de que existia um departamento exclusivo na empresa para funcionamento restrito desta ilegalidade.

Novo ministro da Saúde, pasta que concentra o maior orçamento de toda a Esplanada dos Ministérios, Ricardo Barros também é investigado no Supremo (Inquérito 4157) por corrupção, peculato e crime contra a Lei de Licitações.


Ao que parece a frase estampada numa bandeira e erguida uma vez em frente à Universidade Estadual da Bahia (UNEB) pelos alunos parece a mais cabível para descrever este fenômeno político feito pelo PMDB: “Novo governo, velho descaso”, estes novos ministros de governo escolhidos por Temer expressam mais as velhas jogatinas políticas de Brasília, escolhidos “a dedo” pelos votos concedidos no impeachment, dizem que mudarão o país, que entregarão em 2018 uma economia vigorosa, mais demonstram pelo currículo outro víeis de experiências politicas feitas neste país.

É mais do mesmo!   

Foto-logotipo: Divulgação
Foto: Montagem ministros / Agencia Camara/Agencia Senado/Agencia Brasil / Agencia Camara/Agencia Senado/Agencia Brasil

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