As escolas da rede estadual de ensino da capital e do interior da Bahia estão realizando uma série de atividades que retratam a tradição junina no Nordeste. As unidades escolares aliam nas programações educação e cultura, com o objetivo de envolver os estudantes em atividades pedagógicas interdisciplinares de pesquisa, arte, dança e teatro.
Entre as escolas que aliam a festa junina com o estudo e as tradições culturais estão: o Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Escola Parque, o Colégio Estadual Democrático Bertholdo Cirilo dos Reis e o Colégio Estadual Clériston Andrade, em Salvador. No interior, atividades também estão sendo realizadas nos Colégios Estaduais Julio Cesar Salgado, em Senhor do Bonfim; Monteiro Lobato, em Firmino Alves; Colégio Estadual Rui Barbosa, em Boninal; Colégio Estadual José Leitão Leite, em Santaluz; Colégio Estadual Rômulo Galvão, em São Félix; Colégio Estadual Tiradentes, em Oliveira dos Brejinhos e no Centro Territorial de Educação Profissional Piemonte da Diamantina, em Capim Grosso.
No bairro de Plataforma, em Salvador, os estudantes do Colégio Estadual Democrático Bertholdo Cirilo dos Reis iniciaram o processo de pesquisa sobre festejos juninos em maio. Cada turma ficou responsável por uma cidade do Nordeste que tradicionalmente comemora os festejos. “Nossa turma ficou com a cidade de Juazeiro da Bahia. Pesquisamos sobre a culinária, história e geografia da cidade. Acho legal essa atividade porque trabalha os festejos juninos de forma mais ampla e faz um resgate cultural do lugar”, diz a estudante do 3º ano, Mariana Souza, 17 anos.
O gestor da unidade, Antonio Abreu, informa que a atividade foi divida em duas etapas: exposição das pesquisas sobre as cidades e o 1º concurso de quadrilha, nesta quinta-feira (16/06). “O colégio traça os caminhos para a interação e o fortalecimento do processo de ensino e de aprendizagem. Dessa forma, todos os funcionários, estudantes, professores e gestão contribuíram para o brilhantismo e realização do projeto junino”, declara.
Na Escola Parque, localizado no bairro da Caixa D’ Água, as atividades começaram na terça-feira (14) e seguem até esta quinta-feira (16/06). Com o tema “A poesia dos balões”, a ação pedagógica envolve oficinas de arte, dança e teatro, para retratar a tradição da festa junina. A iniciativa também visa integrar a escola e a comunidade do entorno. “Frequento a Escola Parque desde os 13 anos idade, estudei aqui e agora faço as oficinas de coral e arte em madeira. Para mim, aqui é tudo de bom, adoro participar dos festejos”, conta Débora Regina dos Santos, que mora no bairro de Pero Vaz.
A coordenadora do Núcleo de Pluralidades Artísticas da Escola Parque, Silvana Carvalho, diz que a escola tem papel agregador na comunidade. “Sendo a escola referência para a comunidade, ela funciona como um local de congregação, de soma entre as pessoas. São várias gerações que aqui convivem e se respeitam. Esta culminância é o reflexo dessa união, pois esse momento conta com a colaboração de todos, a gente não faz nada sozinho”.
Várias atividades aconteceram, nesta quinta-feira, na unidade escolar, a exemplo do desfile “Arriba a saia Marinetti: um manifesto futurista nas criações de moda da Escola Parque”, apresentação dos estudantes que participaram das oficinas de teatro, de ballet, de cordel com temáticas juninas, de dança de salão, de dança da peneira e de forró universitário. Além da apresentação da banda Juventude Parqueana, com a presença de alunas da oficina de canto. “Apresentamos as verdadeiras origens do forró, muito baião, xote e xaxado. Amo forró e esta é a melhor época do ano”, afirma o integrante da banda, o estudante Vitor Gezler, 18 anos.
Fotos: Acervo das escolas
0 comentários :
Postar um comentário