Fazer exames para identificar o glaucoma, doença que pode levar à cegueira e não apresenta sintomas, e, se for necessário, tratar-se para garantir a visão. Esta é uma possibilidade oferecida pelo Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), em Salvador, de forma gratuita.
Vânia Correa explica que o glaucoma atinge 300 mil pessoas na Bahia e 70 milhões em todo mundo. A doença provoca o aumento da pressão ocular e a alteração do nervo ótico e do campo visual. “É uma doença que no início não tem sintomas. Então, o paciente precisa fazer exames periódicos. Todos podem desenvolver, mas é mais comum após os 40 anos, em afrodescendentes e naquelas pessoas que apresentam outros casos na família”. Segundo ela, o exame é simples e fácil. “A consulta básica oftalmológica já é capaz de levantar uma suspeita, porque mede a pressão ocular e faz o exame de fundo de olho”.
Tratamento
Apesar de não ter cura, a oftalmologista ressalta que o acompanhamento pode estabilizar o glaucoma e por isso é importante detectar o problema precocemente. “O principal tratamento é com colírio e, se não conseguimos controlar com o medicamento, vamos pensar em laser ou em cirurgia. Os colírios são disponibilizados pelo SUS, o paciente pode se cadastrar para recebê-los gratuitamente nas clínicas especializadas”.
Vânia Correa informa que o paciente deve passar primeiro por uma consulta de rotina com um oftalmologista generalista. “Depois, se houver a suspeita, ele será encaminhado para o setor de glaucoma, para exames mais específicos e aprofundados. A partir disso, se houver realmente o glaucoma, [ele] vai receber o tratamento adequado e ser encaminhado para a clínica onde pode adquirir o colírio”.
A médica lembra ainda que o Roberto Santos atende apenas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). “Para marcar uma consulta inicial no ambulatório geral oftalmológico, basta ter uma requisição, o cartão do SUS, identidade e comprovante de residência. O paciente vai fazer exame de pressão, de fundo de olho e receber a prescrição de óculos, se for necessário. Se for identificada a suspeita, ele será encaminhado para o especialista de glaucoma e receber o tratamento adequado”, explica Vânia. (Secom)
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