O Dia Internacional da Mulher (8 de março), será marcado por diversas atividades, esta semana, nas escolas estaduais, na capital e no interior. No município de Santa Cruz Cabrália (extremo sul), por exemplo, os alunos do Colégio Estadual Terezinha Scaramussa participam, nestas quarta e quinta-feira (8 e 9), de rodas de conversa e exibições de filmes, com temas relacionados à saúde da mulher, violência, feminismo e relação de gênero.
Em Salvador, os estudantes do Colégio Estadual Odorico Tavares, no Corredor da Vitória, estarão mobilizados, nesta quarta, das 8 às 12h, para apresentações culturais, palestras com especialistas e apresentação especial de músicos dos Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba). O objetivo é debater com os estudantes a importância de se construir uma sociedade com relações de equidade entre os gêneros.
No âmbito da Secretaria da Educação do Estado, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), na capital, educadoras e estudantes também participam de diferentes atividades relacionados com a data, que estão sendo denominadas de ‘Março Mulheres – Mulheres que transformam’. Nesta terça (7), aconteceu o ‘Colóquio Educação para as Relações Étnicas, Raciais, Gênero e Sexualidade – Mulheres que Transformam’, com a participação da educadora e líder comunitária, Makota Valdina, da professora Marineuza Nascimento, do Colégio Estadual Sete de Setembro, no bairro de Paripe, e do superintendente de Políticas para a Educação Básica, Ney Campello.
Na atividade, Makota Valdina destacou a importância do professor como ferramenta de mudança na educação. “Quando o professor tem consciência daquilo que representa e está aberto às mudanças, ele se torna o principal canal de transformação na escola. Se o estudante não discute gênero, sexualidade e questões étnicas nas escolas ou em casa, ele não vai conversar com mais ninguém. Por isso, para transformarmos a educação, temos que estar abertos a debater os assuntos que surgem na sociedade”, afirmou.
A professora Marineuza Nascimento falou sobre a importância de projetos que abordem as questões de gênero e sexualidade nas escolas. “Temos um trabalho bastante significativo de projetos que discutem esse tema, onde percebemos uma grande evolução e transformação das nossas estudantes na questão do empoderamento delas como mulher. Um exemplo, é a maior participação no grêmio estudantil da escola”.
A estudante Itamara Santana, 16 anos, do Colégio Estadual Sete de Setembro, participou do colóquio e destacou o papel da escola no empoderamento feminino. “Nós sofremos muitos preconceitos e ter esse respaldo da escola nos dá condições de transformar nossa realidade. Antes, eu tinha medo de me expressar e, agora, sou muito mais autoconfiante”.
De acordo com o superintendente de Políticas para a Educação Básica, Ney Campello, estes projetos temáticos desenvolvidos nas escolas precisam ser potencializados. “Temos que ter estudos e diretrizes para efetivar e popularizar estas ações nas unidades escolares. As políticas públicas têm que chegar ao estudante, utilizando as linguagens características da juventude. Temos que educar em uma perspectiva transformadora”.
Fonte: Ascom/Secretaria da Educação do Estado
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