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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Mais acesso para celebrar a vida

Neste Outubro Rosa, a Sociedade Brasileira de Mastologia lança campanha por mais acesso das mulheres ao diagnóstico e tratamento para que possam curtir a vida

O cenário do câncer de mama no Brasil é desanimador. E neste Outubro Rosa, a Sociedade Brasileira de Mastologia volta a alertar sobre o principal gargalo que ocorre no país, que é a dificuldade de acesso das mulheres para conseguir atendimento desde o rastreamento para o diagnóstico precoce até o tratamento. A campanha +Acesso para Celebrar a Vida chama a atenção para esse problema. O conceito da campanha é mostrar a VIDA, ou seja, se as mulheres tiverem mais acesso ao diagnóstico e tratamento, poderão continuar a curtir as situações cotidianas da vida com alegria.

O primeiro obstáculo é a falta de informação sobre onde podem agendar consulta com o mastologista, assim como a realização de mamografia, biópsia e cirurgia, já que os sistemas de regulação dos estados são complexos e obrigam as mulheres a ficarem aguardando em casa por um telefonema.

Como o câncer tem pressa e muitas mulheres demoram meses para chegar ao tratamento, o que se vê nos hospitais são pacientes diagnosticadas com tumores avançados – pelo menos de 60% dos casos, o que não colabora com a redução da mortalidade. Quem pode, começa a pedir doações com familiares e amigos e inicia o tratamento na rede particular, mas as que não conseguem precisam aguardar o agendamento.

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Antonio Frasson, o acesso das mulheres com alterações clínicas ou radiológicas precisa ser facilitado no Brasil, já que muitas vezes, entre o início dos sintomas e/ou percepção da alteração no exame, elas levam de 6 a 12 meses para procurar o especialista por falta de disponibilidade, sobretudo no serviço público. “Este quadro drástico e lamentável precisa ser modificado com urgência. Os cerca de dois mil mastologistas distribuídos por todo o Brasil estão mobilizados nesta causa, que é um problema de todos”, afirma ele.

Além da realização de consultas e exames periódicos, a SBM reforça a necessidade da busca por hábitos saudáveis de vida, com prática regular de exercícios, dietas pobres em gordura, combate a obesidade e aumento da cintura abdominal, sabidamente relacionadas com o aumento do risco de desenvolver câncer de mama, sobretudo nas mulheres após a menopausa, como demonstram diversos estudos realizados.


Mamografia no Brasil: o pior cenário dos últimos cinco anos
  
Pesquisadores da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) em parceria com a Rede Brasileira de Pesquisa em Mastologia acabam de concluir um estudo que revela que o percentual de cobertura mamográfica de 2017 nas mulheres na faixa etária entre 50 e 69 anos atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é o menor dos últimos cinco anos. Para se ter ideia, eram esperadas 11,5 milhões de mamografias e foram realizadas apenas 2,7 milhões, uma cobertura de 24,1%, bem abaixo dos 70% recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
 
De acordo com o coordenador da pesquisa e presidente do Conselho Deliberativo da SBM, Ruffo de Freitas Junior, as regiões Norte e Centro-Oeste continuam apresentando as menores coberturas quando comparadas às demais. “A dificuldade para agendar e realizar a mamografia ainda é o principal motivo para o baixo número de exames, além da triste realidade encontrada nos hospitais com equipamentos quebrados e falta de técnicos qualificados para operá-los”, afirma ele, que também é presidente do Conselho Deliberativo da Sociedade Brasileira de Mastologia.
 
Segundo ele, os três piores estados foram Amapá, que realizou apenas 260 exames em detrimento dos 24 mil esperados, seguido do Distrito Federal, com 5 mil realizados quando eram esperados 158,7 mil, e Rondônia, cuja expectativa era de realizar 76,9 mil, mas somente 5,7 mil foram realizados. “Estamos diante de um grave declínio que reflete o cenário caótico do câncer de mama no país”, alerta o médico, chamando a atenção de que se for convertidos esses números em valores, o estudo mostra que o governo federal investiu apenas R$ 122,8 milhões dos R$ 510,7 milhões previstos para atender ao número esperado de mulheres nessa faixa etária, a que mais acomete as mulheres com o câncer de mama, segundo o INCA.
 
O presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Antônio Frasson, enfatiza que a entidade preconiza a realização da mamografia anualmente para todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade. “Isso significa que, se fôssemos ampliar a abrangência do estudo, o cenário é ainda bem mais complexo, desesperador”, diz Frasson, acrescentando que o acesso é uma das principais bandeiras que a Mastologia brasileira tem levantado nos últimos anos.
 
Os dados referentes ao número de exames realizados em 2017 foram coletados do Sistema de Informações Ambulatorial (SIA) do DATASUS, de acordo com os códigos de procedimento 0204030030 (Mamografia) e 0204030188 (Mamografia Bilateral para Rastreamento). Já o número de exames esperados foi calculado de acordo com o número de mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos e as recomendações do INCA para rastreamento bienal (BRASIL, 2017). Para o cálculo do número de exames esperados considerou-se 58,9% da população alvo, tendo em vista as recomendações do INCA.

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