O exercício surge como uma alternativa aliando as atividades corporais ao bem-estar psicológico dos idosos
Segundo
pesquisas realizadas pela Organização Mundial de Saúde, a terceira
idade chega a partir dos 65 anos e traz consigo algumas limitações que
podem colocar em risco a qualidade de vida dos idosos. Doenças como
hipertensão, obesidade e osteoporose, entre outras, são bastantes
conhecidas por atingir esse grupo de forma direta. Alguns dados revelam
que a grande maioria, a partir de tal idade, tende a dar início a
acompanhamentos e uso de remédios contínuos.
Outro
caso clínico em estado de alerta é a depressão. A partir da terceira
idade, o estímulo ao convívio social tende a ser um grande aliado para
tirar do idoso o sentimento de solidão e invalidez. A psicologia afirma
que essa sensação de abandono é natural, uma vez que o paciente começa a
passar mais tempo em casa e não mantém sua rotina atribulada como nos
tempos mais jovens.
Atendendo
a essas necessidades, a dança surge como um forte estímulo físico e
emocional. Segundo um estudo realizado pelo Albert Einstein College of
Medicine, em Nova York, a atividade realizada de forma regular é uma das
melhores formas para prevenir o Alzheimer e a perde de memória, além de
ajuda-los a manter um melhor condicionamento físico e qualidade de
vida.
Instrutor
na rede de academias SELFIT, Jones Santos explica que a prática do
exercício possibilita a integração entre seus alunos, de modo que possam
formar novos laços fraternos, gerando um ciclo de independência e
autonomia em suas vidas. “A dança, como toda atividade física,
proporciona a liberação de hormônios que contribuem com a sensação de
prazer, as dopaminas. Além disso, por se tratar de um exercício
coletivo, proporciona a troca de experiências dentro do grupo,
construindo afinidades e estreitando o relacionamento interpessoal. Essa
sensação de pertencimento a um grupo é fantástico para os idosos”, afirma.
Além
de ser utilizada como uma espécie de terapia e socialização, ele
relembra que, quando realizada de modo correto e devidamente
acompanhada, a dança contribui diretamente na melhora do equilíbrio
global, resistência física e velocidade da caminhada, diminuindo riscos
de quedas comum nesta faixa etária. “Pessoas de qualquer idade,
gênero, nível de condicionamento físico, podem fazer. Diferente do que
se pensa, não precisa saber dançar para participar de aulas de dança. A
ideia é justamente se desafiar a fazer algo novo! Isso estimula não só o
corpo, mas também o cérebro! Cada pessoa tem seu ritmo de
aprendizagem.”
Quanto
a frequência em que deve ser realizada, o instrutor conta que é
indicada a realização de duas vezes por semana. Segundo a OMS, a
recomendação mínima para se ter os benefícios da atividade física para a
saúde é de 150 minutos de atividade moderada por semana, ou 75 minutos
de atividade vigorosa. “A melhor alternativa é inserir atividade física
na sua rotina diária. Pensar nela como uma poupança para a saúde”,
pontua.
Por
fim, ressalta que, a prática não contém limitações ou contraindicações,
mas é necessário um parecer médico indicando sua aptidão antes de
inicia-la. “No caso dos idosos, a visita regular ao cardiologista, e
sua liberação para a atividade física, é indispensável. Se houver alguma
morbidade que venha a comprometer a prática, essa deve ser relatada ao
professor, que deverá entrar em contato com o médico/fisioterapeuta do
aluno. Esse trabalho multiprofissional é o ideal para públicos com
necessidades mais especiais (idosos, pós cirurgiados, etc)”.
Com
duração média de 45 minutos entre preparação, aquecimento atividade
principal e desaceleração, as aulas das unidades SELFIT contam com
diversas turmas e ritmos. Zumba, salsa e até mesmo o maracatu, fazem a
alegria e animação dos alunos, que não escondem a satisfação para com
seus professores.
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