Especialista
da Central Nacional Unimed alerta sobre o perigo das dietas detox e
fornece dicas para evitar o inchaço pós festas de final de ano
Para compensar a falta de
moderação durante as confraternizações e as festas de fim de ano, muita
gente procura as dietas detox, a fim de eliminar as toxinas do
organismo. Essas dietas chamam a atenção porque prometem
um rápido emagrecimento e redução do inchaço, o que as tornam ideal
para encarar as férias de verão logo após toda a comilança do mês.
O Dr. Douglas Carignani, gastroenterologista e nutrólogo da Central Nacional Unimed,
alerta para os riscos dessas dietas, cada vez mais difundidas.
“Uma dieta restritiva, logo após um momento de sobrecarga no fígado pode
trazer o efeito oposto ao esperado, prejudicando o funcionamento do
órgão”, explica o especialista.
O Conselho Federal de
Nutricionistas ressalta, ainda, que apesar de ser disseminada pela mídia
como sinônimo de emagrecimento, saúde e estratégia de limpeza das
toxinas do corpo, faltam evidências científicas que
amparam a utilização de dietas “detox” ou desintoxicantes.
Caso queria iniciar uma
dieta para emagrecimento o ideal é sempre procurar acompanhamento
médico. Listamos abaixo algumas informações e pontos importantes sobre
as dietas detox.
1.
Comprovação Científica
A
detoxificação é um processo para retirar do organismo produtos tóxicos
como álcool, drogas ilícitas e milhares de produtos químicos, exógenos
(de origem externa ao nosso organismo) ou endógenos (produzidos pelo
próprio organismo), capazes de causar algum dano ao organismo. Há
comprovação científica, mas alguns produtos são difíceis de serem
removidos por tratarem-se de metais pesados. O que mais importa nas
dietas detox de final de ano estão relacionadas a eliminar
o excesso de comida gordurosa, bebidas alcoólicas e energéticos que
sobrecarregam, principalmente, o fígado. “Devemos ter em mente que o
dano ao organismo sempre deixará alguma marca, alguma cicatriz. Quando
se trata do fígado, a cada excesso ele sofrerá um
pouco e, mesmo após períodos de calmaria e dieta adequada, ele nunca
sairá ileso, pelo contrário, ele sempre
terá um pequeno grau de dano”, explica Carignani.
2.
Risco para a saúde
É preciso ter em mente que todo excesso leva a um dano,
portanto, sempre haverá um preço a pagar. Então,
pensando no fígado, o órgão que mais sofre com os excessos e com as
dietas, imagine a semana de festas com muita comida gordurosa, bebidas
alcoólicas e energéticos.
O órgão que depura a maior parte de tudo isso é o fígado. As dietas
detox, por sua vez, são muito restritivas num momento em que o fígado
necessita de muitos nutrientes para equilibrar o meio interno e reparar
danos. “A pessoa come bastante e depois decide
fazer uma dieta à base de chá de gengibre. Além de poucos nutrientes,
essa escolha pode levar a uma sobrecarga do fígado, podendo desenvolver
uma hepatite pelo excesso de substâncias contidas no gengibre e
desencadear uma reação hepatotóxica”, alerta o profissional.
3. Como
evitar o inchaço
Para
evitar o inchaço é preciso, durante a ceia, ingerir grande quantidade de
água. Para depois da ceia, continuar ingerindo água, preferencialmente
acrescentando rodelas de limão ou folhas de hortelã, à jarra de
água. Pode-se, ainda, tomar pequenas quantidades de chá verde, sempre
com bastante água, ou seja, chá verde bem diluído.
4. Alimentos
desintoxicantes
Existem
alimentos que eliminam uma parte das impurezas do fígado e restabelecem
seu bom funcionamento, como couve-flor, couve-manteiga, brócolis,
couve-de-bruxelas, mostarda, nabo, agrião, rabanete, rábano, rúcula,
além de uma dieta rica em fibras insolúveis, como grãos (feijão, soja,
lentilha), cereais integrais (arroz, centeio, trigo e farelos), vegetais
e talos de vegetais (brócolis, couve-flor), verduras folhosas, cascas e
bagaços de frutas.
6. Alimentação
no dia a dia
O principal cuidado é a moderação. Sem abusos e ingerir bastante líquido e fibras para
limpar qualquer substância nociva ao organismo.
7. Consumo
de bebida alcoólica e inchaço
O uso
abusivo de bebidas alcoólicas cria uma alteração no fígado como uma
espécie de irritação, o que deixa seu funcionamento temporariamente
prejudicado, dificultando a depuração e metabolização do próprio álcool
e dos alimentos ingeridos concomitantemente, levando a uma retenção de
líquidos e toxinas.
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