Uma
 ação que aliará economia e sustentabilidade e que deverá, inclusive, 
impactar positivamente na geração de emprego e renda em Salvador foi 
lançado nesta quinta-feira (20) pela Prefeitura. É o IPTU Amarelo, 
certificação sustentável que vai incentivar
 proprietários de residências e condomínios de casas a implantarem o 
sistema de geração de energia solar fotovoltaica. Os detalhes da ação 
foram anunciados no Palácio Thomé de Souza pelo prefeito ACM Neto, que 
assinou o decreto de implantação do incentivo fiscal
 acompanhado de secretários municipais, representantes dos setores 
imobiliário e de energia solar, além da imprensa.
A iniciativa é gerenciada pela Secretaria Cidade Sustentável e 
Inovação (Secis), em parceria com a Secretaria Municipal da Fazenda 
(Sefaz) e a Coelba, e é uma das ações do programa Salvador 360, eixo 
Cidade Sustentável. “Esse eixo foi um dos mais desafiadores
 e ambiciosos da Prefeitura. As iniciativas chegam à maturidade em boa 
hora e muitas serão entregues até 2020. Antes da implantação do IPTU 
Amarelo, foram solicitados muitos estudos para saber o impacto desta 
ação para a cidade. Agora, coroamos o incentivo
 fiscal aliado com a sustentabilidade através do IPTU Amarelo”, 
salientou ACM Neto.
A construção do IPTU Amarelo contou com a participação de entidades
 como a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O
 presidente da entidade, Rodrigo Sauaia, relembrou o esforço para que 
Salvador pudesse se conectar com a tecnologia
 a serviço do cidadão e do poder público. “Este é o começo de uma nova 
trajetória em energia solar fotovoltaica, que vai trazer diversos 
benefícios para a cidade, a exemplo da atração de novas empresas, 
geração de empregos para a população e redução de gastos
 para os cidadãos. Salvador é privilegiada por possuir uma das melhores 
qualidades de luminosidade do Brasil e do mundo”, completou.   
Como funciona – Com o IPTU Amarelo, o cidadão vai ganhar 
descontos no imposto de acordo com a produção e o consumo do sistema de 
energia fotovoltaica da residência. O funcionamento deverá ocorrer da 
seguinte maneira: o proprietário da unidade imobiliária
 que possua ou deseje instalar o sistema de geração própria de energia 
solar fotovoltaica deverá aderir ao programa para ter direito ao 
desconto.
A energia fotovoltaica produzida pelo sistema deverá corresponder a
 um percentual mínimo consumido pelo imóvel, que será enquadrado em uma 
das três categorias: Ouro, Prata ou Bronze. Para a categoria Ouro, por 
exemplo, é necessário que a geração de energia
 fotovoltaica seja correspondente a, no mínimo, 90% do que é consumido. O
 desconto, neste caso, será de 10% no valor do IPTU.
A categoria Prata é destinada a sistema de geração de energia 
fotovoltaica correspondente a, no mínimo, 70% do consumo, com desconto 
de 7% no imposto. Por fim, a categoria Bronze vai englobar sistema de 
geração de energia fotovoltaica que corresponda a,
 no mínimo, 50% do que é consumido. O desconto será, então, de 5% no 
valor do IPTU.
O benefício fiscal terá vigência a partir de 1º de janeiro do ano 
seguinte ao de emissão do certificado, caso o mesmo seja concedido até o
 mês de outubro. Quem recebe outros benefícios, a exemplo do IPTU Verde,
 não terá direito ao IPTU Amarelo. 
Critérios e documentação – No caso de unidades imobiliárias 
que desejem instalar o sistema ou que o mesmo opere por um período 
inferior a um ano, será necessário completar três meses de operação, 
além de apresentar o projeto e o memorial descritivo
 do sistema para só então ser verificado o percentual de utilização de 
energia solar fotovoltaica e correspondente categoria de enquadramento.
O proprietário do imóvel que cumpra as exigências e desejar obter o
 IPTU Amarelo deverá apresentar à Secis os seguintes documentos: 
Certidão Negativa de Débitos Tributários Municipais; Certidão Negativa 
de Débitos, referentes às contas de energia elétrica
 da unidade imobiliária, emitido pela Coelba; Relatório de Faturamento 
de Micro Geração emitido pela Coelba; Declaração de Conexão do Sistema 
de Geração para Compensação de Energia emitida pela Coelba; e 
Autorização de Fornecimento de Informações do Sistema
 de Micro Geração, emitida pelo requerente. Todos os dados serão 
analisados em conjunto pela Secis e Coelba e, caso os critérios sejam 
atendidos, será concedido o certificado e correspondente desconto no 
valor do IPTU.
Cadeia produtiva e sustentável – De acordo com o secretário 
da Secis, André Fraga, o IPTU Amarelo permitirá também a geração de 
emprego e renda em Salvador, a partir da ampliação da cadeia em torno da
 energia sustentável. “Já há muitas empresas
 na cidade que oferecem o serviço. É uma cadeia que vem crescendo muito e
 que, com o IPTU Amarelo, deverá incentivar ainda mais essa cadeia e 
gerar emprego e renda a partir de negócios sustentáveis: empresas de 
energia solar, instalação, manutenção, projeto.
 A intenção é impulsionar um círculo em torno dessa energia renovável 
para que a cidade possa, além de energia, também gerar emprego, renda e 
negócios”, afirmou.
Ele complementou que o aumento da oferta vem reduzindo 
gradativamente os custos com a implantação do sistema de energia solar 
fotovoltaica em imóveis. Novas linhas de financiamento com juros mais 
baixos, ofertadas a pessoas físicas por instituições como
 o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco 
do Nordeste (BNB), e novas modalidades de contratação do serviço por 
empresas em prazos maiores também tornam mais acessível a adoção desse 
sistema. A vida útil das placas solares fotovoltaicas
 varia de 15 a 20 anos.
“Além disso, temos um compromisso global com a agenda de mudanças 
climáticas e gerar energia renovável é uma ação importante dentro dos 
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU (Organização das 
Nações Unidas). Essa iniciativa contribui para
 a cidade entrar de vez nessa onda, para a criação de novas funções e 
cargos nas empresas. Antes mesmo do lançamento, já estamos sendo 
bastante procurados pelos cidadãos sobre o IPTU Amarelo”, disse o 
titular da Secis. Além de Salvador, apenas a capital do
 Tocantins, Palmas, possui iniciativa semelhante.
 
 
 
 
 
 

 
 
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