Robô submarino irá auxiliar na prevenção de acidentes com navios-plataforma
Projeto da Shell tem investimento de R$30 milhões e está em desenvolvimento na Unidade EMBRAPII Senai Cimatec
Acidentes
em plataformas e navios de petróleo podem causar danos ambientais
incalculáveis e a recuperação pode levar décadas ou até séculos.
Investir em segurança, portanto, é fator crucial e relevante nas
atividades da indústria do setor. Para examinar tanques de carga em
serviço de navios-plataforma (FPSOs), onde é armazenado o óleo retirado
do fundo do mar, a Unidade EMBRAPII Senai Cimatec (Bahia), a petrolífera
Shell e a empresa britânica Innospection estão desenvolvendo um robô de inspeção submarina capaz de detectar defeitos e anomalias na estrutura do casco.
A inovação auxiliará na prevenção de acidentes e vazamentos de óleo. O projeto tem custo
de R$ 30 milhões, sendo que 1/3 do valor é aportado pela EMBRAPII com
recursos não-reembolsáveis – o maior investimento até o momento da
instituição. De acordo com o diretor-presidente da EMBRAPII, Jorge
Guimarães, o setor de óleo e gás é estratégico para o País e necessita
de constantes investimentos em pesquisa. “A exploração submarina reúne
diversas competências tecnológicas, como robótica e inteligência
artificial, que trarão mais segurança ao processo de exploração de
petróleo”, destaca.
O
desenvolvimento desta tecnologia irá permitir maior eficiência na
inspeção de tanques de armazenamento de óleo, melhorando a integridade e
a segurança dos navios-plataforma. Estima-se uma redução de custos
entre 20% a 30% na inspeção dos tanques.
O
robô também será equipado com dispositivos para limpeza das
incrustações marinhas, o que deixará a rotina desta atividade mais
segura. Atualmente, a limpeza dos cascos é feita por mergulhadores com
uso associado de ferramentas robóticas, drones e embarcação auxiliar. O
robô será lançado a partir do convés principal e se moverá na parte
externa de cascos.
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