Começou dia
(14) e segue até o dia 21, a Semana de Mobilização Nacional para a
Doação de Medula Óssea. A semana foi instituída pela Lei nº 11.930, de
22 de abril de 2009, com o objetivo de promover esclarecimento e
conscientização sobre a doação e o transplante de medula, além de
estimular que mais pessoas participem do cadastro de doadores do Redome –
Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea.
Conhecida
também como “Lei Pietro”, a Lei 11.930 foi aprovada após a morte do
jovem Pietro Albuquerque, que faleceu em decorrência de leucemia
mielóide aguda pouco antes de completar 20 anos, e tornou-se uma grande
aliada para as campanhas de doação de medula.
O
transplante de medula óssea é uma alternativa indicada para o tratamento
de doenças relacionadas com a fabricação de células do sangue e com
deficiências no sistema imunológico. Pacientes com leucemias originárias
das células da medula óssea, linfomas, doenças originadas do sistema
imune em geral, dos gânglios e do baço, e anemias graves estão entre os
principais beneficiados com o transplante.
Quando o
paciente não encontra o doador ideal dentro da própria família, é
necessário buscar alternativas nos registros de doadores voluntários. É
nesse momento que entra o Registro Nacional de Doadores Voluntários de
Medula Óssea (Redome), nascido em 1993 para reunir dados de pessoas
dispostas a doar medula óssea para quem precisa de transplante.
Atualmente o
Redome apresenta um crescimento anual significativo, incluindo mais de
300 mil novos cadastros no Brasil. Com mais de 4,7 milhões de cadastros,
o registro brasileiro é o terceiro maior banco de doadores de medula
óssea do mundo, ficando atrás apenas do registro alemão, com cerca de
6,2 milhões, e do registro americano, que possui quase 7,9 milhões.
Entretanto, o Redome é o maior banco com financiamento exclusivamente
público, pertence ao Ministério da Saúde.
A chance de
encontrar um doador compatível é de 1 para 100 mil pessoas. Para
aumentar a probabilidade de êxito na localização, é fundamental manter
os dados cadastrais atualizados. O voluntário pode ser chamado para
efetuar a doação com até 60 anos de idade.
Para se tornar um doador de medula óssea
.Ter entre 18 e 55 anos de idade;
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Estar em bom estado geral de saúde;
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Não ter doença infecciosa ou incapacitante;
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Não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico;
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Algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.
Como funciona o Redome
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Na Bahia, a Fundação Hemoba é responsável pelo cadastro, o interessado deverá procurar uma das unidades de coleta distribuídas em todo o estado;
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É necessário apresentar o documento oficial com foto;
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O voluntário à doação irá assinar um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), e preencher uma ficha com informações pessoais;
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Será retirada uma pequena quantidade de sangue (5ml) do candidato a doador;
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O sangue será analisado por exame de histocompatibilidade (HLA), um teste de laboratório para identificar suas características genéticas que vão ser cruzadas com os dados de pacientes que necessitam de transplantes para determinar a compatibilidade;
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Os dados pessoais e o tipo de HLA serão incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome);
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Quando houver um paciente com possível compatibilidade, o candidato à doação será consultado para decidir quanto à doação. Por este motivo, é necessário manter os dados sempre atualizados;
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Para seguir com o processo de doação serão necessários outros exames para confirmar a compatibilidade e uma avaliação clínica de saúde;
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Somente após todas estas etapas concluídas o doador poderá ser considerado apto e realizar a doação.
Ascom Hemoba
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