Em três meses, o
Mutirão de Desospitalização já deu encaminhamento a mais de mil
pacientes de longa permanência que ocupavam leitos em hospitais
especializados e de alta complexidade. Os pacientes foram para
Internação Domiciliar, para hospital de menor porte, para município de
origem com apoio do Núcleo de Assistência à Saúde da Família (Nasf),
para leitos destinados a tratamento de doenças crônicas entre outros.
A coordenadora do
Mutirão, Carol Gouveia, explica que são pacientes que precisam de
cuidados, mas não necessariamente dentro de um hospital de alta
complexidade ou especializado. A partir daí, de acordo com
a necessidade de cada um, o programa faz o encaminhamento.
Ela acrescenta que tinham pacientes com mais de mil dias de permanência em um leito, a exemplo do menor
D.B.N. , que passou 1348 dias internados no Hospital do Oeste,
unidade da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) instalada em Barreiras.
Com diagnóstico de Doença de Werdnil Hoffmann (atrofia muscular
espinhal tipo I), após todo esse tempo vivendo no
hospital, ele pode retornar para casa em Formosa do Rio Preto, onde
continuará o tratamento.
De acordo com Carol, o
menino é um dos mais de 1000 pacientes beneficiados pelo Mutirão da
Desospitalização, que possibilita aos pacientes serem assistidos em
casa, por equipes multidisciplinares, ou em unidades
de menor porte, mas sempre em locais mais próximos de suas residências,
facilitando, assim, o acompanhamento de seus familiares.
Além disso, ela lembra
que é a liberação de um leito para atender pacientes mais graves, com
maior complexidade. Ainda citando o exemplo de D.B.N., ela ressalta que a
estratégia beneficia toda a rede de saúde
já que esse tempo que ele ficou hospitalizado
daria para ter atendido mais de 100 pacientes, se considerar que a média
de permanência em um leito de UTI é de 10 dias.
0 comentários :
Postar um comentário