O Carnaval de Salvador é democrático, e para todas as idades.
Sabendo disso, a Prefeitura organiza eventos agitados para o público
mais idoso, além de garantir a participação desse público nos Camarotes
Acessíveis espalhados pelos circuitos. Hoje (27),
por exemplo, acontece apresentação de coral e marchinhas de Carnaval no
Abrigo Dom Pedro II, mantido pela Secretaria Municipal de Promoção
Social e Combate à Pobreza (Semps), em Itapuã. A programação segue até
domingo (03).
Ontem (26), o grupo de idosos Velhicidade, organizado pelo Centro
de Saúde da Mata Escura, entrou no clima da folia ao som de clássicos
carnavalescos como “We Are Carnaval” e “Chame Gente”. O grupo de idosos
cantou e dançou com a Banda de Música da Guarda
Civil Municipal (GCM), no Colégio Estadual Professora Marileine da
Silva, no fim de linha de Mata Escura.
Com adereços no pescoço e cabelo, Nady Gois de Sousa, 83 anos, não
conseguiu se conter e caiu na folia. “É uma maravilha”, afirmou,
enquanto fazia uma coreografia da marchinha “Me dá um dinheiro aí” e
interagia com os músicos. Nady é a mais idosa do grupo,
que possui reuniões mensais na unidade de saúde voltadas a saúde deste
público.
De acordo com a assistente social do centro de saúde gerido pela
Prefeitura, Maria Salete da Silva, a proposta é ofertar um momento
lúdico para os participantes. “A gente tenta fazer um resgate cultural
do Carnaval. Conversamos com a banda e pedimos que
trouxessem músicas antigas, como marchinhas. Canções que tenham relação
com a época deles”, explicou.
Banda - Mas não são apenas os idosos do Velhicidade que
foram contemplados com a festa pré-carnavalesca. Na manhã de ontem (26),
a banda da Guarda Civil fez a folia dos idosos do Abrigo Dom Pedro II,
em Piatã. “Levamos o Carnaval pra quem não pode
ir aos circuitos oficias do Carnaval, ou seja, para idosos e crianças
em casas de acolhimento. Foi uma ideia que deu certo, a repercussão foi
muito boa e tem sido muito gratificante para todos”, afirmou o maestro
Hamilton Fernando.
Para o Carnaval, o maestro disse que o foco das apresentações é
sempre reviver a folia de outrora. “Pesquisamos o que está atual.
Tocamos músicas como Lepo Lepo, mas mesclamos com marchinhas, frevos e
sambas tradicionais”, detalhou. Ao todo são 18 componentes
na banda que, na formação tradicional, utiliza instrumentos de sopro e
percussão para animar o público.
0 comentários :
Postar um comentário