A
cidade está na moda. Esse é o entendimento de empresários dos setores
de hotelaria, bares e restaurantes da linha turística sobre Salvador,
nesse auge do Verão 2019. O entusiasmo se deve ao número de turistas que
desembarcam diariamente nos principais
terminais da capital baiana na alta estação, lotando estabelecimentos
comerciais e maximizando as vendas nestes pontos. Em quase dois meses, o
comércio receptivo registrou consumo acima de 20% em relação aos verões
anteriores. A expectativa positiva se estende
até o Carnaval, cuja estimativa da Secretaria Municipal de Cultura e
Turismo (Secult) é de ocupação total nos hotéis da cidade.
"Salvador está na crista da onda. Os hotéis inseridos no circuito
da festa esperam ocupação máxima, e aqueles mais afastados projetam algo
próximo disso, entre 90% e 95% de leitos ocupados durante a folia
momesca. A cidade está fadada a repetir o sucesso
dos anos anteriores e isso é muito bom para o setor receptivo de
Salvador como um todo", destaca o presidente da Federação Baiana de
Hospedagem e Alimentação (FeBHA), Silvio Pessoa.
Números – São esperados 800 mil turistas apenas durante o
Carnaval, sendo 403 mil do interior da Bahia e 267 mil de outros estados
– São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais e Sergipe. Outros
130 mil são oriundos de países como Argentina,
França, Itália, Portugal e Alemanha. No auge da festa, entre a
quarta-feira (27 de fevereiro) e a segunda-feira de Carnaval (4 de
março), navios de cruzeiro trarão 12.942 turistas para aproveitar a
folia na cidade. Estão previstos 9.879 voos para o período
de fevereiro e março no aeroporto de Salvador, sendo 4.939 pousos, com
capacidade de atender a 768.311 passageiros.
Números divulgados pela Secult para a alta estação apontam um
crescimento de 3,3% na movimentação econômica, em relação ao ano
passado, com a circulação de R$ 1,8 bilhão. O fato resulta no
aquecimento de todo o comércio, do vendedor de água de coco na
orla até o dono de bar, da baiana de acarajé ao proprietário de
restaurante, bem como na comercialização de produtos culturais como
ingressos para shows, abadás, camarotes, vestuário e logística.
Com base na pesquisa de análise de perfil dos turistas no período
da folia, realizada pela Prefeitura de Salvador no ano de 2017, a Secult
estima que, no intervalo de sete dias do Carnaval, os turistas de
outros estados devem desembolsar em torno de R$
5 milhões, enquanto os baianos devem ficar na média de R$ 1,8 milhão e
os estrangeiros, R$ 3,3 milhões. Os gastos estimados dizem respeito à
passagem, hospedagem, vestimentas do carnaval, alimentação, bebidas,
compras e transporte, dentre outros.
"Sob a ótica dos representantes dos setores de receptivo da capital
baiana, a perspectiva para o Carnaval é muito positiva. Atualmente,
Salvador é o segundo destino mais procurado pelos turistas brasileiros.
Em vista disso, esperamos uma cidade lotada
de visitantes, com a hotelaria apresentando nível alto de ocupação,
além de bares e restaurantes repletos de turistas", destaca Maria Ângela
Carvalho, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens da
Bahia (ABAV).
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