A última edição do Bloco Fique de Olho
arrastou baianos e turistas pelas ruas do Pelourinho, na tarde desta
terça-feira (26). Apesar da animação do bloco, a estratégia é chamar a
atenção para um assunto muito sério: o trabalho infantil e a exploração
sexual de crianças e adolescentes durante o Carnaval. A ação, realizada
pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social
(SJDHDS), chamou a atenção por onde passou nas duas últimas semanas.
Antes do Pelourinho, o bloco esteve nos bairros da Paz, Liberdade,
Itapuã e Nordeste de Amaralina. Pela primeira vez, as ações no
pré-carnaval ocorreram em diversas comunidades da capital, alertando a
população para a necessidade de denunciar qualquer episódio de trabalho
infantil e exploração sexual. A ação teve a parceira do grupo Força
Feminina e do Projeto Axé.
Para Valdenira Barbosa, mãe de uma criança de 5 anos, “o projeto é
importante porque ajuda as crianças, conscientizando a sociedade. Eu
tenho filhos e sei da importância de uma iniciativa como essa”. A dona
de casa acompanhou todo o trajeto do bloco, que saiu do Elevador Lacerda
e seguiu até o Largo Quincas Berro D’Água, passando pelo Terreiro de
Jesus.
“Essa ação é feita justamente no sentido de sensibilizar a
população acerca do trabalho realizado ao longo de todo o ano para
chamar atenção e alertar. Nosso intuito não é fazer folia, é
conscientizar”, afirmou Alessandra Gomes, coordenadora do projeto Força
Feminina e idealizadora do Carnaval Social, que desfilou pelas ruas do
Pelourinho junto com o Fique de Olho!.
Inovação
Pela primeira vez, a SJDHDS promoveu uma ação nos bairros, falando
mais diretamente com a população. “Esse ano, nós inovamos e resolvemos
falar mais diretamente com o povo e a população. Levamos o bloco com a
nossa mensagem para as ruas e para as pessoas, dizendo não ao trabalho
infantil e a exploração sexual de crianças e adolescentes”, pontuou a
coordenadora de Proteção da Criança e do Adolescente da SJDHDS, Iara
Farias.
Ator e integrante do grupo de animadores do bloco, Alan Nascimento
considerou positiva a ação nos bairros. “Chamamos a atenção para a
campanha, falamos de maneira diferente com crianças e a população.
Acredito que a ação teve um impacto e foi muito positiva, passando a
mensagem de forma séria, mas não dura”, finalizou.
Fonte: Ascom/SJDHDS
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