O
Festival da Cidade apresenta o grande espetáculo Compadre de Ogum, uma
adaptação da obra Os Pastores da Noite, de Jorge Amado. A peça será
encenada desta quarta até domingo (31), sempre às 20h, na Igreja de
Santana, no Rio Vermelho. Os ingressos serão
trocados por dois quilos de alimentos não perecíveis para doação. As
trocas serão realizadas no local, nos dias da peça, a partir das 17h, e
estarão sujeitas à lotação do espaço. Só será permitida a troca de dois
ingressos por pessoa.
O espetáculo nasceu em 2014, durante a segunda edição do Festival
da Cidade. Já foi indicado a seis prêmios Brasken e é vencedor na
categoria Melhor Direção. Dirigido por Edvard Passos, a trama narra a
história do biscateiro Massu das Sete Portas, um homem
negro que, com a ajuda de amigos, organiza o batizado de seu filho
“galego". Os conflitos se acentuam quando ele decide que Ogum, o Orixá,
será o padrinho do filho, a ser batizado dentro da Igreja Católica.
“Essa peça guarda um desejo muito grande de falar do amor que
sentimos por Salvador. Ela destaca o valor da amizade verdadeira, fala
muito da gente, dos heróis do povo, de como a gente constrói a cidade a
partir da ajuda, do mutirão. É um pouco do que
Makota Valdina dizia: ‘eu sou do tempo em que vizinho era parente’.
Quem for à peça vai ter um encontro consigo mesmo. Vai se olhar no
espelho, claro que um espelho pelo viés de Jorge Amado”, disse Passos.
Para o diretor, será um momento especial, pois o espetáculo vai
retornar ao lugar de onde tudo partiu, dentro da Igreja de Santana. O
elenco é composto por 15 atores, entre eles: Leandro Villa,
interpretando Massu; Danilo Cairo (Pé de Vento); Hemós Heber
(sacristão Inocêncio e Isídro do Batualê); Heraldo de Deus (Cabo
Martim) e Ana Tereza Mendes (Benedita).
Exposição – No Espaço Cultural da Barroquinha, a mostra
Orixás da Bahia está disponível gratuitamente, de quarta a domingo, das
14h às 19h, dentro do Festival da Cidade. Situado na Rua do Couro, o
espaço é administrado pela Fundação Gregório de
Mattos (FGM). A exposição foi criada em 1973 por D. Elyette Magalhães,
com 18 estátuas em tamanho natural de divindades africanas, esculpidas
em papel machê pelo artista plástico Alecy Azevedo (in memorian).
As obras estão expostas na galeria Juarez Paraíso, e tem curadoria
assinada pelo artista visual, cenógrafo, aderecista e figurinista
Maurício Martins. A consultoria religiosa foi feita por membros do
Terreiro do Gantois, cuja yalorixá, Mãe Menininha, foi
responsável por vestir os 16 orixás na década de 1980.
0 comentários :
Postar um comentário