Agência Brasil
O ex-presidente Michel Temer e o ex-ministro de Minas e Energia
Wellington Moreira Franco, presos hoje (21), são acusados de receber
propina de obras relacionadas à Usina Nuclear Angra 3, no Rio de
Janeiro. As prisões preventivas foram pedidas pelo Ministério Público
Federal e determinadas pelo juiz da 7ª Vara Federal Criminal, Marcelo
Bretas, no âmbito das operações Radiotiatividade, Pripryat e Irmandade,
desdobramentos da Lava Jato e que investigam os pagamentos ilegais a
políticos durante a construção da usina nuclear.
A Justiça Federal também determinou as prisões preventivas de João
Baptista de Lima Filho (conhecido como coronel Lima, amigo do
ex-presidente); da esposa do coronel, Maria Rita Fratezi; do almirante
Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear; da filha
de Othon, Ana Cristina da Silva Toniolo; de Carlos Alberto Costa; de
Carlos Alberto Costa Filho; de Carlos Alberto Montenegro Gallo; e de
Vanderlei de Natale. Também foram determinadas as prisões temporárias de
Rodrigo Castro Alves Neves e Carlos Jorge Zimmermann.
Na investigação, são apurados crimes de corrupção, peculato e lavagem
de dinheiro, em razão de possíveis pagamentos ilícitos feitos por
determinação do empresário José Antunes Sobrinho, da empresa de
engenharia Engevix, para o grupo criminoso, supostamente liderado por
Michel Temer, bem como de possíveis desvios de recursos da Eletronuclear
para empresas indicadas pelo referido grupo.
De acordo com o MPF, foi identificado sofisticado esquema criminoso
para pagamento de propina na contratação das empresas Argeplan, AF
Consult Ltd e Engevix para a execução do contrato de projeto de
engenharia eletromecânico 01, de Angra 3.
A Eletronuclear contratou a empresa AF Consult Ltd, que se associou
às empresas AF Consult do Brasil (que tem a participação da Argeplan) e
Engevix. A Argeplan seria ligada a Michel Temer e ao coronel Lima, de
acordo com o MPF.
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