A
Prefeitura inicia nesta terça-feira (12), às 9h30, as obras de
requalificação do Mercado de São Miguel, na Baixa dos Sapateiros.
Concebido para manter a diversidade de atividades do equipamento, o
projeto, elaborado pela Fundação Mário Leal Ferreira,
conserva a tradição do centro de compras sem abrir mão de necessidades
arquitetônicas atuais, como elementos de acessibilidade e paisagismo. A
ordem de serviço será dada pelo prefeito ACM Neto e pelo vice-prefeito
Bruno Reis, que também é secretário de Infraestrutura
e Obras Públicas.
Vítima de um incêndio em setembro de 2017, o espaço tem a estrutura
deteriorada e estava sem condições de funcionamento. As obras terão
duração de 12 meses, sob a responsabilidade da Superintendência de
Conservação e Obras Públicas (Sucop). O investimento
total é de R$5,1 milhões.
O novo Mercado São Miguel abrigará, numa área de 4.460 metros
quadrados - sendo 1.671 m² de espaço construído -, 28 boxes para
comercialização de produtos hortifrutigranjeiros, 31 para itens
diversos, 9 espaços para oferta de serviços, 6 bares/restaurantes,
sanitários masculino, feminino e para pessoas com deficiência,
elementos de acessibilidade, ambiente para roda de capoeira e
estacionamento com vagas para até 30 veículos, além de um santuário
dedicado ao culto do santo que empresta o nome ao equipamento.
A estrutura tradicional será preservada, bem como a ideia de manter
o uso diversificado do equipamento. O mercado seguirá concentrando o
comércio de ingredientes para as comidas tradicionais da Bahia, como
camarão e azeite de dendê, além de utensílios
e ervas indispensáveis à liturgia do candomblé.
O projeto contempla a reforma total do mercado, especialmente da
ala esquerda da estrutura, completamente destruída no incêndio,
inclusive o telhado. A parte frontal da estrutura contará com um recuo
para a criação de uma área verde, que será ladeada pelo
setor de serviços do equipamento, abrigando vendedores, chaveiros e
outros prestadores tradicionais do espaço.
História - Inaugurado em 1965, o Mercado São Miguel teve seu
auge durante as décadas de 1970 e 1980, sendo um dos principais pontos
de comercialização de artesanato regional, produtos religiosos e
ingredientes para comidas típicas afro-baianas.
Atualmente, o mercado, bem como toda a região do Centro Antigo de
Salvador, encontra-se tombado pela Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura (Unesco) como Patrimônio da Humanidade.
0 comentários :
Postar um comentário