Conheça algumas medidas fáceis de serem praticadas e chegue aos dias frios com a saúde cardiovascular protegida
A saúde cardiovascular pode ficar comprometida durante os meses do
outono e inverno, já que pesquisas indicam que há um aumento de até 30%
nos casos de morte
por infarto do miocárdio durante temperaturas baixas. Porém é possível
se preparar para os efeitos da exposição ao frio e das variações de
temperatura antes que o verão acabe.
Uma pesquisa divulgada pela Sociedade de
Cardiologia do Estado de São Paulo indicou que além da temperatura, os
níveis de poluição e a quantidade de horas de exposição ao sol também
afetam a saúde cardiovascular. Embora controlar
esses fatores seja difícil, ainda é possível se prevenir de problemas
cardíacos por meio dos hábitos de vida.
“Pacientes que apresentam placas de
gordura no interior das artérias coronárias correm mais risco de ter um
infarto do miocárdio durante o inverno, porque em baixas temperaturas os
vasos sanguíneos se contraem, o que pode gerar
a ruptura dessas placas de gordura. Quando isso acontece, alguns
componentes do sangue tentam agir para reverter o quadro, aumentando a
chance de formar coágulos, o que pode causar o entupimento dessas
artérias”, explica
o especialista Dr. Kleisson Antônio Pontes Maia, Membro Titulado
da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da Associação de Medicina
Intensiva Brasileira, Mestre em Ciências da Saúde - FCMMG. “Por isso a melhor coisa a se fazer para se preparar para
esse período é cuidar dos hábitos de vida o ano todo e evitar as placas de gordura”.
Para se preparar para esse período, veja
algumas dicas simples que podem ser adotadas desde agora – e mantidas! –
para evitar problemas nos próximos meses.
Alimentação
Se esforce para manter a alimentação
regrada durante a semana e tente restringir o consumo de alimentos
calóricos aos finais de semana.
Embora seja desaconselhável consumir alimentos
ricos em gordura, açúcar e industrializados, restringir essa frequência
ajuda a ter um controle maior sobre a dieta, principalmente para
aqueles que estão tentando mudar o hábito.
Faça trocas inteligentes, prefira os integrais aos refinados.
Ao decidir consumir
carboidratos como arroz e massas, dê preferência às versões integrais ou
a base de sementes. Além de darem maior saciedade, esses alimentos
auxiliam na redução e controle dos açúcares no sangue,
contribuindo para a manutenção da saúde.
Diminua a quantidade de carne vermelha.
Estudos indicam que o consumo
excessivo desses alimentos pode prejudicar a saúde cardiovascular porque
se comparado a carnes brancas, têm um valor nutricional alto em
gordura. O especialista alerta: “somado ao alto consumo
de carnes, o método de preparo mais utilizados culturalmente pelos
brasileiros costuma ser a fritura, o que contribui ainda mais para o
aumento do colesterol”.
Atividade física
Consulte seu cardiologista antes de adotar uma atividade física.
A prática de exercícios é
fundamental para a preservação e recuperação da saúde cardiovascular, no
entanto, é essencial consultar um cardiologista e realizar um check-up
para juntos decidirem o melhor esporte, a frequência
e a intensidade.
Pratique exercícios com regularidade. Para
os atletas de fim de semana de plantão, uma má notícia: estudos indicam
que a falta de frequência e regularidade na prática de atividades
físicas pode comprometer o músculo cardíaco, aumentando os riscos.
“Para um coração que não está habituado a intensidade do exercício e
tampouco é monitorado, o risco é grande quando submetido a exercícios
intensos, como o futebol de final de semana”, explica
o especialista.
Essas pequenas medidas podem contribuir
para a manutenção da saúde cardiovascular, porém não substituem o
acompanhamento regular com um cardiologista, tampouco suas orientações.
O indicado é que homens e mulheres que
não tenham histórico de problemas cardiovasculares na família iniciem um
acompanhamento regular com o cardiologista a partir dos 50 anos de
idade, realizando um check-up anual. Já aqueles
que possuem histórico familiar ou pessoas que apresentam colesterol
elevado, hipertensão arterial, diabetes, tabagistas devem iniciar essa
rotina a partir dos 40 anos.
Batidas que dizem muito
Pode parecer simples, mas a auscultação
do coração – quando o médico utiliza o estetoscópio para ouvir as
batidas do órgão – é um exame muito importante. Ele dá os primeiros
indícios de que algo não está bem e serve como motivação
para novos exames.
Uma das doenças cardiovasculares de que
se pode desconfiar é a fibrilação atrial, que ocorre quando os átrios do
coração batem de forma acelerada e irregular, dificultando o
bombeamento de sangue. Se não identificada ou tratada,
a fibrilação atrial pode aumentar o risco de formação de coágulos, que
podem ir para a circulação e causar
um acidente vascular cerebral (AVC) entre outras complicações.
Pensando nisso, a Bayer lançou recentemente o site
www.escuteseucoracao.com.br, que traz
conteúdos exclusivos com informações importantes
sobre o que é e como é feito o
diagnóstico e tratamento da fibrilação atrial. Atualmente, 33,5 milhões
de pessoas no mundo convivem com a doença, como aponta um estudo
publicado no Journal of Geriatric Cardiology em março
de 2017, e cerca de 30% não acredita que isso seja um problema mais
sério, afirma a Associação Americana do Coração.
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