No
tratamento do câncer de próstata, o uso do robô busca atingir a cura e
minimizar os riscos de complicações relacionadas ao tratamento.
O urologista Dr. Frederico Mascarenhas está comemorando a chegada do
robô Da Vinci a Salvador. Há aproximadamente cinco anos ele leva
pacientes com algumas doenças, como câncer de próstata, para hospitais
de São Paulo, como o Albert Einstein, Sírio-Libanês,
9 de Julho, São Luiz da rede D’Or. Salvador não contava com essa
infraestrutura.
O projeto, pioneiro na Bahia, permitirá que médicos e pacientes não
precisem mais viajar a outros estados e regiões para terem acesso a este
avanço, com indicações relevantes principalmente nas áreas de urologia,
ginecologia e cirurgia geral. O robô já se encontra
no Hospital Santa Izabel, no bairro de Nazaré.
Quando é recomendada cirurgia no caso de câncer de próstata, por
exemplo, o uso de procedimentos menos invasivos, com técnicas que
garantem maior precisão e um pós-operatório mais rápido, devem ser
oferecidos ao paciente. Pode-se realizar esta cirurgia através
de uma grande incisão no abdome ou através de pequenos orifícios na
barriga do paciente sem que seja necessária a abertura extensa da
cavidade abdominal. Pode ser utilizada laparoscopia convencional ou o
Robô da Vinci.
O Sistema da Vinci é
um equipamento que permite que o cirurgião opere afastado do paciente
com avanços tecnológicos possibilitando uma visão 3D HD (tridimensional
em alta definição) dentro
do corpo; movimentos através de instrumentos articulados que podem
executar ações mais precisas e mais complexos que a mão humana e livre
de tremor; ampliação da visão, precisão e controle. O tratamento do
câncer de próstata busca atingir a cura e minimizar
os riscos de complicações relacionadas ao tratamento.
Ainda
segundo Mascarenhas, que está à frente do Serviço de Urologia e
Residência de Urologia do Hospital São Rafael, o Robô reduz o tempo de
internação, reduz o risco de
sangramento e transfusão sanguínea, o risco de impotência e de
incontinência urinária; acelera o retorno do paciente às atividades, por
apresentar uma recuperação pós operatória mais rápida.
Agregar
tecnologia na medicina, especialmente na Oncologia Urológica, tem como
principais benefícios a redução de impacto na qualidade de vida e
melhora na sobrevida. Com esses objetivos, o uso
do robô para auxiliar na realização de procedimentos cirúrgicos oferece
uma evolução já disponível nos dias de hoje e considerada por muitos
como a maior evolução tecnológica na cirurgia dos últimos tempos.
Planos de saúde – Dr. Frederico, que é Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia e membro da Associação Americana de Urologia, explica que a cirurgia
robótica por enquanto não é paga pelas operadoras
de saúde pois não faz parte do rol de procedimentos da ANS. No entanto
estas operadoras autorizam a realização do procedimento laparoscópico e
os hospitais, que possuem o robô, de acordo com seus custos e acordos
comerciais, cobram uma taxa de utIlização do
robô e materiais descartáveis, permitindo assim que o paciente pague um
valor menor pelo procedimento.
Os
Hospitais cobram uma taxa que inclui a taxa de utilização do robô,
materiais descartáveis e pinças robóticas que são utilizadas no
procedimento. Os custos hospitalares variam de R$10 mil a
R$14 mil. Porém, alguns Hospitais, de acordo com o tipo de plano que o
paciente tenha com sua operadora de saúde, podem até isentar da cobrança
desta taxa.
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