Jorge (60) e
Mabel (59) decidem
se divorciar após 30 anos de casamento. A casa onde viveram acaba de
ser vendida e eles passam as últimas 24 horas debaixo do mesmo teto e
vivenciam a nostalgia, a cumplicidade e a sexualidade remanescente desta relação. A separação
deste casal sexagenário revela o processo de luto e de redescoberta de si mesma da personagem Mabel. “Por
detrás do drama sentimental, lidamos também com outras subjetividades: o
medo de envelhecer, o medo da solidão, o declínio do corpo, a nudez. ”,
declara a diretora e roteirista Mónica Lairana.
“La Cama”
ganhou os prêmios de Melhor Diretora Argentina e Melhor Atriz Argentina no
Mar Del Plata International Film Festival de 2018 e foi elogiado
pela imprensa argentina. Este é o primeiro longa da diretora que já
participou de mais de 20 filmes como atriz. O
filme foi indicado em três categorias ao Prêmio Condor de Plata 2019,
anunciado pela Associação de Críticos Cinematográficos da Argentina.
Mónica
concorre na categoria "Melhor filme de diretor estreante" e os atores
também concorrem nas categorias Melhor Atriz e Melhor Ator.
Esta coprodução internacional
também fez parte da seleção da Competição Internacional
do Kerala International Film Festival na Índia.
O filme ainda participou, em 2018, do Forum do
Festival de Berlim. Entre outros festivais internacionais:
Espoo Ciné International Film Festival, na Finlândia; do New Horizons International Film Festival,
na Polônia; do Festival Black Canvas, no México; no
Femcine – Festival De Cine De Mujeres, no Chile, e
do Filmmor Women's Film Festiva,l na Turquia.
No Brasil, “La Cama”
participou do Festival Do Rio / Première Latina e também do
Festival Juiz De Fora / Primeiras Películas.
As produtoras Rioabajo (Argentina)
Gema Films (Argentina), 3 Moinhos (Brasil), Topkapi (Holanda) e Sutor
Kolonko (Alemanha) assinam a produção do longa. Livres Filmes é a distribuidora no Brasil.
SINOPSE
Jorge (60) e
Mabel (59) decidem
se divorciar após 30 anos de casamento. A casa onde viveram todos esses
anos acaba de ser vendida e eles passam as últimas 24 horas de
convivência debaixo do mesmo teto. Enquanto desmantelam a casa, esvaziam
também um baú de memórias afetivas e deixam-se levar
pelo vai e vem das emoções e recordações, da despedida.
NOTA DA DIRETORA:
“La Cama” é um filme intimista sobre o amor,
mas do ponto de vista do doloroso processo de dissolução.
Por detrás do drama sentimental, lidamos também com outras
subjetividades: o medo de envelhecer, o medo da solidão, o declínio
do corpo, a nudez. A narrativa é guiada por esses corpos já velhos e
enrugados – a proximidade, distância e vibração que ainda existe entre
eles.
FILMOGRAFIA DA DIRETORA
Atriz
e cineasta, Mónica Lairana dirigiu o curta "Rosa" (Festival de Cannes –
Competição Oficial), "Maria" (Festival de Rotterdam, Festival de Mar
del Plata - Competição) e "Emilia" (Bafici, Viennale).
Como atriz, trabalhou em mais de 20 filmes e ganhou o Prêmio Condor de Prata por sua atuação em
El
patrón, radiografía de un crimen
(2014).
"La Cama", seu primeiro longa-metragem teve sua première no Festival de Berlim em 2018.
FILMOGRAFIA como diretora, roteirista e produtora:
2018 La Cama (HD, 94’)
2014 Emilia (Found footage, 4’)
2012 María (HD, 13’)
2010 Rosa (35mm, 10’)
2018 La Cama (HD, 94’)
2014 Emilia (Found footage, 4’)
2012 María (HD, 13’)
2010 Rosa (35mm, 10’)
FILMOGRAFIA como atriz:
2016 Maracaibo, dirigida por Miguel Angel Rocca (ARG)
2014 El aprendiz, dirigida por Tomás de Leone (ARG)
2014 Veredas, dirigida por Fernando Cricenti (ARG)
2013 El patrón, radiografía de un crimen dirigida por Sebastian Schindel (ARG)
2013 Mujer lobo, dirigida por Tamae Garateguy (ARG)
2013 Marea baja, dirigida por Paulo Pécora (ARG)
2010 A la deriva, dirigida por Fernando Pacheco (ARG)
2009 Agua y sal, dirigida por Alejo Taube.(ARG)
2008 El desierto negro, dirigida por Gaspar Scheuer. (ARG)
2007 Mentiras piadosas, dirigida por Diego Sabanés(COPR. ARG/ ESP)
2007 El sueño del perro, dirigida por Paulo Pécora.(ARG)
2006 El niño de barro, dirigida por Jorge Algora. (COPR. ESP/ ARG)
2005 Cruzaron el disco, dirigida por Fernando Cricenti (ARG)
2004 El cielito, dirigida por Maria Victoria Menis. (COPR. ARG/ FRANC) /
1996 Evita, dirigida por Alan Parker. / (EEUU)
2016 Maracaibo, dirigida por Miguel Angel Rocca (ARG)
2014 El aprendiz, dirigida por Tomás de Leone (ARG)
2014 Veredas, dirigida por Fernando Cricenti (ARG)
2013 El patrón, radiografía de un crimen dirigida por Sebastian Schindel (ARG)
2013 Mujer lobo, dirigida por Tamae Garateguy (ARG)
2013 Marea baja, dirigida por Paulo Pécora (ARG)
2010 A la deriva, dirigida por Fernando Pacheco (ARG)
2009 Agua y sal, dirigida por Alejo Taube.(ARG)
2008 El desierto negro, dirigida por Gaspar Scheuer. (ARG)
2007 Mentiras piadosas, dirigida por Diego Sabanés(COPR. ARG/ ESP)
2007 El sueño del perro, dirigida por Paulo Pécora.(ARG)
2006 El niño de barro, dirigida por Jorge Algora. (COPR. ESP/ ARG)
2005 Cruzaron el disco, dirigida por Fernando Cricenti (ARG)
2004 El cielito, dirigida por Maria Victoria Menis. (COPR. ARG/ FRANC) /
1996 Evita, dirigida por Alan Parker. / (EEUU)
SOBRE O ELENCO
SANDRA SANDRINI / Protagonista
Nasceu em Buenos Aires em 1957. É atriz e escritora. Filha do renomado ator argentino Luis Sandrini e da atriz Malvina Pastorino, Sandra cresceu com a influência direta do teatro e cinema.
No cinema, atuou nos longas-metragens Paisajes devorados; Pequeños milagros; Las aventuras de Dios y No te mueras sin decirme adónde vas de Eliseo Subiela, e Nuovomondo de Emanuele Crialese.
No teatro, ele co-estrelou com Leonardo Favio Parecido a un hombre, dirigido por Zhuair Juri. Ela também estrelou em Riendo a Chejov e Las preciosas ridículas de Molière dirigido por Fernando Bracalenti.
Sandra também produziu e estrelou duas obras de sua autoria: María María e Any.
Como um diretor de cinema em 2017 fez o filme Sandrini, documentário sobre a vida de seu pai Luis Sandrini, que foi exibido no Festival de Havana em 2018, e terá seu lançamento comercial em 2019
Filmografia:
1975- No hay que aflojarle a la vida. Direção: Enrique Carreras
1977- Así es la vida. Direção: Enrique Carreras
1980- Crucero de placer. Direção: Carlos F. Borcosque
1991- Delito de corrupción. Direção: Enrique Carreras
1995- No te mueras sin decirme a dónde vas. Direção:: Eliseo Subiela
1997- Pequeños milagros. Direção: Eliseo Subiela
2000- Las aventuras de Dios. Direção: Eliseo Subiela
2001- Todas las azafatas van al cielo. Direção: Daniel Burman
2004- El 48. Direção: Alejandra Marino
2004- Ay Juancito. Direção: Hector Olivera
2005- Al borde del tiempo. Direção: Jorge Rocca
2006- Nuovomondo. Direção: Emanuele Crialese
2012- Paisajes devorados. Direção: Eliseo Subiela
2018- La cama. Direção: Mónica Lairana
1975- No hay que aflojarle a la vida. Direção: Enrique Carreras
1977- Así es la vida. Direção: Enrique Carreras
1980- Crucero de placer. Direção: Carlos F. Borcosque
1991- Delito de corrupción. Direção: Enrique Carreras
1995- No te mueras sin decirme a dónde vas. Direção:: Eliseo Subiela
1997- Pequeños milagros. Direção: Eliseo Subiela
2000- Las aventuras de Dios. Direção: Eliseo Subiela
2001- Todas las azafatas van al cielo. Direção: Daniel Burman
2004- El 48. Direção: Alejandra Marino
2004- Ay Juancito. Direção: Hector Olivera
2005- Al borde del tiempo. Direção: Jorge Rocca
2006- Nuovomondo. Direção: Emanuele Crialese
2012- Paisajes devorados. Direção: Eliseo Subiela
2018- La cama. Direção: Mónica Lairana
ALEJO MANGO / Ator protagonista
Nasceu em Buenos Aires em 1943. Formou-se como ator com o mestre Conrado Ramonet no IFT Theatre, depois com Franklin Caicedo, Beatriz Matar e Agustín Alezzo.
Em 1976, estreou no Teatro Payró com a peça Una pareja, de Eduardo Rovner. Desde então, ele participou de mais de 30 peças, sendo seus últimos trabalhos Por culpa de la nieve, dirigido por Alfredo Staffolani;
En tren de soñar y Kalvkot, ambos dirigidos por Corina Fiorillo. Por este último ele recebeu o Prêmio ACE 2011 como Melhor Ator de Teatro Alternativo.
No cinema, Alejo estrelou o filme El Perseguidor, de Víctor Cruz. E ele estrelou em La niña santa de Lucrecia Martel, Las manos de Alejandro Doria; Lluvia de Paula Hernández; Solos, de Toti Glusman e Mientras tanto entretanto,
de Diego Lerman.
Filmografia:
2004- La niña santa. Direção: Lucrecia Martel
2006- Mientras tanto. Direção: Diego Lerman
2008- Lluvia Direção: Paula Hernandez
2010- El perseguidor Direção:Victor Cruz
2018- La cama Direção: Mónica Lairana
2004- La niña santa. Direção: Lucrecia Martel
2006- Mientras tanto. Direção: Diego Lerman
2008- Lluvia Direção: Paula Hernandez
2010- El perseguidor Direção:Victor Cruz
2018- La cama Direção: Mónica Lairana
LA CAMA
Drama
| Espanhol|
HD |94` Cor | 2017 | Argentina, Alemanha, Brasil, Holanda
FICHA TÉCNICA
Direção
e Roteiro:
Mónica Lairana
Produtores:
Adriana Yurcovich, Paulo Pecora, Monica Lairana, Gema Juarez Allen, Ana Alice de Morais, Laurette Schillings, Ingmar Trost
Atores: Sandra Sandrini, Alejo Mango.
Fotografia: Flavio Dragoset
Montagem: Eduardo Serrano
Direção de Arte: Maru Tomé, Renata Gelosi
Desenho sonoro: Germán Chiodi
Música: Petrônio Lorena, Pierre Leite
Empresas
Produtoras: Rioabajo (Argentina)
Gema Films( Argentina), 3 Moinhos (Brasil), Topkapi (Holanda) and Sutor
Kolonko (Alemanha)
Distribuidora
no Brasil:
Livres
Entrevista com MÓNICA LAIRANA
Como você chegou à ideia do filme La Cama?
Minha própria separação foi o ponto de partida para a história. A
experiência de uma dor de partir o coração como nunca antes. Isso me fez
pensar em quanto mais dolorosa uma ruptura como essa poderia ser em
casais de muitos anos de convivência. Como cineasta,
o interesse em narrar a separação de um casal que se separa depois de
uma vida inteira cresceu em mim. Mas eu queria olhar para a intimidade
das horas finais dessa coexistência, onde não há mais guerra, luta ou
reprovação, mas simplesmente aceitação. E onde
o outro tem que começar obrigatoriamente a se tornar um estranho. Eu
queria condensar toda aquela situação em 24 horas e trancar os
personagens dentro da casa em que eles viveram toda a vida juntos. A
ideia era parar o mundo exterior por um momento, onde o
único mundo possível era os dois atravessando o último cruzamento. Eu
queria retratar o processo de dissolução e desmantelar o relacionamento,
mas sem cenas de discussões ou brigas, mas focando nos pequenos gestos e
olhares, as sensações e a maravilha da vida
cotidiana. Acima de tudo, queria parar de olhar para os corpos dos
protagonistas. Porque são seus corpos que são arrastados por suas
emoções.
Qual papel que a nudez desempenha no seu filme?
O nu é considerado um gênero artístico em si, e eu sempre me interessei
em abordá-lo em meus trabalhos. Acima de tudo, estou interessado em
investigar o tipo de nudez não idealizado, que elimina o conceito
tradicional e busca sua essência além dos conceitos
de beleza. Estou interessado em retratar corpos reais, com os vestígios
naturais da passagem do tempo. Filmar a plenitude de suas dobras, suas
rugas, seus sexos naturalmente expostos à câmera, pela força e poder do
verdadeiro e natural que eles trazem para
o filme. São também os corpos nus que nos levam a outros níveis de
leitura sutilmente sugeridos, como o medo da velhice. Uma pessoa nua
também pressupõe uma situação de intimidade, gera uma proximidade com o
privado que eu estava interessado em construir com
todas as ferramentas formais possíveis. Uma pessoa nua é a imagem que
tenho de alguém que não pode e não quer esconder sua essência. É a
imagem que represento de uma pessoa que se atreve a dizer francamente:
sou eu, como nasci, como vou morrer. É na verdade,
como nós realmente somos. E eu queria que meus protagonistas se
enfrentassem e se enfrentassem nessa situação complexa e dolorosa,
despojada de tudo, crua.
O filme tem um conjunto de cenas muito particular. Por que você escolheu
essa forma para representar a dor sofrida por seus protagonistas?
Neste trabalho, propus especialmente colocar o espectador na situação de
voyeur, como uma testemunha que observa toda aquela intimidade a
distância. Eu queria aprofundar a sensação de estar espionando a
intimidade dos meus personagens em suas atividades mais
privadas. Comer, tomar banho, se vestir, chorar, dormir. A história
cresce à medida que o espectador assume seu papel de voyeur e se envolve
quase sem perceber com essa intimidade que ele observa. Com esse
propósito, optei por gravar a partir de uma perspectiva
e de uma encenação de certa forma ligada ao cinema de observação. Um
estilo de câmera que capta eventos íntimos mas sem intervir neles, de
uma distância auto-imposta, para obter uma espécie de narração
cinematográfica com muito sentimento real. O plano de
seqüência também ajuda a construir a sensação de estar espionando uma
situação ou uma pessoa, quase como se a câmera não estivesse presente.
Espiar a dor dos outros é uma situação muito incômoda e incorreta, mas é
algo muito poderoso no cinema e o impacto
que isso gera no espectador é muito profundo.
Por que você escolheu esse ritmo tão singular para o filme?
Sinto que vivemos em uma sociedade e em um mundo moderno, onde a
velocidade da produtividade, da tecnologia, que nos levou a acreditar
que, quando paramos o ritmo, estamos errados. Já não nos permitimos a
calma da contemplação, a serenidade da observação silenciosa,
indispensável para sentir a empatia com as pessoas e com o mundo que
nos rodeia. Eu me sinto muito longe dessa demanda por velocidade. A
conexão com outro tipo de pensamento e reflexão mais profundos acontece
depois que desistimos da necessidade de respostas
rápidas, depois de passar pelo primeiro impulso para deixar a nossa
pausa. É nessa pausa, naquele momento que, na verdade, quase magicamente
e inevitavelmente, nos encontramos face a face conosco mesmos como
seres humanos. Hoje em dia, as pessoas correm e
preenchem sua agenda com obrigações para não ter essa pausa para
refletir sobre a vida e sobre si mesmas. É muito comum que os casais se
separem após o período de férias, porque durante as férias eles são
forçados a parar, contemplar e contemplar, a compartilhar
muito tempo juntos sem tarefas que preencham as horas e os impeçam de
refletir. Diante dessa pausa, parar o olhar, é algo que me interessa na
vida, e também no cinema.
Como foi o trabalho com os atores? Quão importantes são os silêncios, a aparência e o trabalho plástico com os corpos?
Em mais de 15 anos de trabalho como atriz aprendi a importância que o
corpo humano tem como uma linguagem em si, para comunicar idéias,
emoções e conceitos. O corpo é o instrumento primário e essencial de
qualquer narrativa. É por isso que eu estava interessado
em minha história, girando principalmente em torno dos corpos dos meus
protagonistas, porque são os corpos que são atravessados por sentimentos
de confusão e profunda tristeza. Embora seja um filme sobre desespero,
solidão e fim do amor, aqueles que lideram
e avançam o enredo de alguma forma são aqueles corpos velhos e
enrugados, sua proximidade, sua distância e a vibração entre eles.
O trabalho com os atores foi magnífico. Estávamos todos muito
convencidos do que estávamos fazendo. Anteriormente, tínhamos um
treinamento puramente físico para criar com nossos corpos a vida diária e
a naturalidade de que precisávamos. Aqueles corpos tinham
que parecer que se conheciam a vida toda. E eles tinham que se sentir
confortáveis com os corpos um do outro. Ao mesmo tempo, ensaiamos
algumas cenas para gerar a relação entre eles, que também teve que ser
construída através de olhares e silêncios. Eu não
queria construir uma história sustentada na palavra e no discurso, mas,
ao contrário, dar maior importância à observação cuidadosa dos corpos
em cada situação pela qual eles devem passar. Foi um trabalho intenso
que nós gostamos muito. Sandra Sandrini e Alejo
Mango são dois magníficos atores, com muita dedicação ao trabalho e
muito humor.
De que maneira sua experiência como atriz a ajudou na direçaõ de atores e a pensar sobre o tom da interpretação?
Acho que o mais importante foi a relação de confiança que pude construir
com eles, através de uma comunicação franca e sincera. A transparência
de meus propósitos com o filme em cada uma de nossas conversas e no
trabalho anterior de ensaios foram fundamentais
para o resultado final. Nesse sentido, como atriz, a experiência de ter
se sentido, às vezes, longe das intenções do diretor (no sentido de
pouca informação sobre a encenação que é dada aos atores na maioria dos
casos) gera mecanismo de defesa especialmente
em cenas envolvendo nus ou alguma exposição. Estou convencido de que os
atores são aliados e que é muito importante que a relação diretor-ator
seja muito clara sobre o que o diretor pretende capturar e tirar dos
atores. De que maneira vamos usar seus corpos
e suas emoções? Sou muito hostil à manipulação dos atores no set, como
se fôssemos a única parte da equipe que não é capaz de entender o que
deveria ser feito para contribuir para um filme melhor. Eu também gosto
de trabalhar com atores cujos egos não são
colocados acima dos trabalhos. Quer dizer, eles entendem que o cinema é
a soma de muitos elementos e que nenhum deve estar acima do outro, mas
somando. Entender a linguagem dos atores é, sem dúvida, algo que
facilita o trabalho. Entender o que eles precisam
entender ou fazer com seus corpos antes de filmar uma cena é uma coisa
boa e fundamental. Às vezes, mesmo que não tenhamos tempo de saber como
esperar que o ator esteja pronto, teremos a certeza de que ele dará o
melhor de si e nos dará o melhor de si.
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