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quarta-feira, 12 de junho de 2019

Tudo Que Você Precisa É Amor de 04 a 07 de julho no Teatro Gregório de Matos

 Espetáculo desafia o patriarcado e convoca à revolução da mulher e descolonização do corpo através da função sagrada do riso.

O acontecimento cênico Tudo Que Você Precisa é Amor, que traz a palhaça Bafuda Orgância – apresentada pela artista Felícia de Castro – em busca da felicidade e do amor, volta a cartaz dias 04 e 05 de julho, às 19h,  e 06 e 07 de julho, às 18h, no Teatro Gregório de Matos (Praça Castro Alves). Essa instalação cênico-performática é fruto de 20 anos em pesquisas e experiências de Felícia de Castro no campo das artes cênicas.

Ancorada na palhaçaria e em sua função sagrada do riso, a obra traz como norte dramatúrgico o ensinamento budista que aborda a busca incessante do ser humano por satisfação e a possibilidade da felicidade ser encontrada dentro de si. Tudo Que Você Precisa é Amor tem o ator, pesquisador e palhaço Alê Casali na direção.

A performance é uma homenagem ao rito da palhaçaria e às mulheres cômicas, pesquisa aprimorada há 10 anos por Felícia de Castro através do projeto Palhaças, Bem-Vindas Sois Vós. “Nos cursos e vivências, várias palhaças nasceram e revelaram mundos interiores, geralmente, muito reprimidos. Estas experiências estão na minha carne e na dramaturgia do espetáculo”, conta a atriz.

Bafuda Orgância é uma palhaça que nasce do riso que habita o ventre da terra e convoca-nos a um encontro tragicômico de luzes e sombras. Partindo da mitologia pessoal da artista à mitologia arquetípica de deusas das antigas culturas matriarcais, o espetáculo é uma celebração da vida, da morte e do amor como a grande revolução.

A atuação de Felícia de Castro como palhaça é marcada pela dança, pelo transbordar de emoções, pelo exagero cômico do corpo e pela expressão do grotesco físico. “A palhaçaria é uma arte que traz uma cura a si e ao mundo. O riso é libertador de luz e harmonia. As palhaças são porta-vozes disso, desde os tempos mais antigos”, realça.

“Nosso ato político é a coragem de encarar nossas profundezas, descolonizar este corpo e ser quem somos em sua máxima potência. Subvertendo a ordem. Assim eu encaro a palhaçaria feminina e a função sagrada do riso. O riso que liberta as emoções presas, afasta o medo, desperta o prazer, e assim é subversivo”, enfatiza Felícia.

Girando ainda a revolução do brincar e a revolução do afeto, dimensões essenciais da palhaçaria, o espetáculo traz como chave a cura da criança e a questão do massacre da infância pelo adoecido mundo adulto. O espetáculo escancara de forma crua, trágica e cômica as profundezas humanas em todo seu potencial para a violência e para o amor.


ENCONTROS

O espetáculo marca a parceria criativa entre Felícia de Castro e o diretor Alê Casali. Ambos desenvolvem pesquisas em palhaçaria há 20 anos, transmitidas a centenas de artistas pelo país. Casali fala que como diretor trabalhou as técnicas de palhaçaria ligadas às técnicas psicofísicas de preparação energética e potência física. A respeito da obra, antecipa que o espetáculo “propõe uma experiência ativa, muito mais que um entretenimento”.



Em um processo coletivo de criação da obra, a concepção audiovisual de Nina La Croix compõe a dramaturgia, dialoga com a ação e explode camadas sensíveis do imaginário da cena. A cenografia criada pelo arquiteto e cenógrafo Erick Saboya para o espetáculo é uma instalação que convoca o público a um espaço sagrado da mulher e da palhaçaria.



O figurino desenhado pela Alessandra Santiago tece a obra, costurando os espaços entre a criança, a mulher, a deusa e a palhaça. Costura momentos de riso e lágrimas, de vida e morte. Já a iluminadora Mariana Terra concebeu uma luz sensorial e minimalista, capaz de acessar nas pessoas aspectos mais sutis e de provocar aconchego ao público.



Na trilha sonora, os cantores e compositores Ronei Jorge e Andrea Martins criaram camadas sonoras que intensificam as ações, os exageros físicos e as curvas emocionais, dialogando criativamente com um “set list” de referências populares, clássicas e pops que Felícia traz e brinca há anos em seus números e cursos.



Tudo Que Você Precisa É Amor propõe através da palhaçaria um olhar para a criança e para a mulher a partir das dores que foram provocadas nessa era patriarcal e que nos trouxe desequilíbrios graves enquanto humanidade. É um ato mágico que chama para uma reflexão/tomada de consciência que nos possibilita a reinvenção de nós mesmos.



A montagem tem o apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura da Secretaria da Fazenda e da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, aprovado no Edital Setorial de Circo da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb). A Multi Planejamento Cultural é a responsável pela produção executiva da projeto Tudo Que Você Precisa é Amor.



Ficha Técnica

Felícia de Castro - Concepção, Texto, Dramaturgia, Direção e Atuação

Alê Casali – Direção, Dramaturgia, Preparação Corporal e Técnicas de Palhaçaria

Nina La Croix – Concepção/Realização audiovisual, Instalação cenográfica e Dramaturgia

Ana Scheidegger - Assistência de Direção e de Dramaturgia

Erick Saboya - Instalação cenográfica

Laís Guedes - Instalação cenográfica e Adereços

Alessandra Santiago - Figurino e Adereços

Ronei Jorge – Trilha Sonora

Andrea Martins - Trilha Sonora

Mariana Terra - Concepção de Luz

Juliana Molla – Assistência de iluminação

Satya Rodrigues – Doulagem, Colaboração em pesquisas e textos

Larissa Lacerda – Operação de Luz

Gabriel Franco - Operação de som

Produção - Multi Planejamento Cultural | Renata Hasselman e Ana Paula Vasconcelos

Assistente de Produção: Sabrina Fiuza

Assessoria de comunicação - Théâtre Comunicação | Rafael Brito

Adriano Passos - Chefe de cenotecnia

Israel dos Santos - Ajudante de Cenografia

Cássio Tomate, George Santana, André Passos, Bruno Matos – Cenotécnicos

Guida Maria, Lucinha e Cláudia Maria - Costura cênica

Albano D’ávila – Adereços



Serviço

O quê? Tudo Que Você Precisa é Amor – Texto, direção e atuação de Felícia de Castro e direção de Alê Casali

Quando? 04 e 05 de julho, às 19h; e 06 e 07 de julho, às 18h – De quinta a domingo

Onde? Teatro Gregório de Matos – Praça Castro Alves, s/n – Centro, Salvador-BA

Ingressos? R$20 (inteira) e R$10 (meia) – venda de ingressos no SYMPLA ou Bilheteria do teatro

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