Doença atinge 67 milhões de pessoas no mundo, e é apontada como a segunda maior causa de cegueira, sendo irreversível¹ em alguns casos.
Criado para chamar atenção para temas relacionados ao público que mais cresce no mundo, o Dia Internacional do Idoso, 01 de outubro, reforça entre outros assuntos a importância do cuidado com a saúde dos olhos na terceira idade. O Glaucoma é uma doença, comum entre os idosos, e causada, principalmente, pelo aumento da pressão intraocular, provocando alterações no nervo óptico, responsável pela comunicação com o cérebro, que perde a capacidade de transmitir o impulso para o córtex visual - parte do cérebro que reconhece cores, formas, sobrepõe imagens, percebe os movimentos e é responsável também pela nossa memória visual.
O oftalmologista Dr. Maurício Della Paolera (CRM: SP47500) – mestre, doutor e professor assistente da Santa Casa de São Paulo, explica que essas lesões geram perda lenta, progressiva e irreversível da visão. “Por se tratar de uma doença que não costuma apresentar sintomas, quando o paciente sente algum incomodo é sinal de estágio avançado, prejudicando o tratamento, uma vez que não conseguimos recuperar as células mortas, apenas impedir seu avanço”, explica.
Quando aparecem os sintomas, que normalmente são poucos, podemos destacar a sensação de visão turva e, se a pressão subir muito, a visão pode piorar rapidamente e causar dor intensa. “O Glaucoma pode se desenvolver em qualquer pessoa e a ciência ainda não sabe explicar ao certo a razão, mas estudos mostram alguns grupos de risco: pessoas com histórico familiar da doença, miopia, afrodescendentes, doenças autoimunes, traumas, uso de corticoides e diabetes”, esclarece Dr. Paolera.
Consultas periódicas ao oftalmologista são fundamentais para o diagnóstico precoce. O especialista deve medir a pressão ocular, realizar exame de fundo de olho e outras análises adicionais para indicar o tratamento mais adequado.
“Colírios e comprimidos são os tratamentos iniciais mais frequentes, pois são capazes de reduzir a pressão ocular, proteger o nervo óptico e, com isso, manter a visão do paciente. A doença não tem cura, mas pode ser controlada com acompanhamento médico contínuo e uso de colírios antiglaucomatoso”, finaliza o médico.
Referências
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria De Atenção à Saúde, Secretaria De Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Secretaria De Atenção À Saúde, Secretaria De Ciência, Tecnologia E Insumos Estratégicos. Portaria conjunta nº 11, de 02 de abril de 2018. Aprova o protocolo clínico e diretrizes terapêuticas do glaucoma. Disponível em: < http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/abril/09/Portaria-Conjunta-n11-PCDT-Glaucoma-29-03-2018.pdf>. Acesso: setembro, 2019.
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