A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS) fechou com chave de ouro a 11ª edição do Novembro Negro Azeviche: “Nossos Corpos e as Instituições”. Com o tradicional Desfile Azeviche, realizado nesta quinta-feira (21), servidores e convidados reafirmaram, através da arte, música e dança, a importância de combater o racismo, sexismo e a intolerância religiosa, nos espaços de trabalho e em toda a sociedade.
O desfile, promovido pela Comissão de Enfrentamento ao Racismo, Sexismo e Intolerância Religiosa da SJDHDS, contou com apresentações artísticas e musicais do Projeto Axé, de adolescentes da Case Salvador, da Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac-BA), do Ilê Aiyê e do blocoafro Bankoma. Além disso, saudações à ancestralidade, com condução do Babalorixá Wilton de Souza do Ilê Axé Jivolundê Abassa Jagum, e a performance da drag queen Ferah Sunshine, também integraram as apresentações.
O secretário da SJDHDS, Carlos Martins, afirmou que o Novembro Azeviche é a prova concreta de que, cada vez mais, é preciso que “lutar pela democracia”. “A palavra de ordem desse Azeviche é reflexão. Reflexão sobre o mundo em que estamos vivendo, sobre a história que percorremos para chegarmos até aqui. Numa democracia, não há espaços para tantos preconceitos, discriminação e racismo, que ceifam vidas negras todos os dias neste país”, declarou.
“Nesta conjuntura, mais do que nunca, precisamos dizer 'não' ao racismo, não somente porque ele é crime, mas, principalmente, porque ele é desumano. E a desumanidade a gente enfrenta com governos democráticos, com políticas públicas, com pessoas aguerridas como nós, servidores da SJDHDS”, disse o gestor.
Para Thiffany Odara, “negra, travesti e feminista”, como ela fez questão de ressaltar, é fundamental ter voz. "Nós precisamos falar. E vamos continuar na luta pelo rompimento do silenciamento das vozes negras, feministas e de religiões de matriz africana”, afirmou.
Durante o desfile, ao som de batuques e percussão, servidores e servidoras da SJDHDS, além dos convidados, desfilavam reafirmando, em gestos e canções, o lugar que querem, merecem e têm o direito de ocupar.
“Ser negro é reafirmar a nossa identidade. É ato político e democrático. A gente quer espaço, respeito e equidade, e é por isso que todos os dias são dias de consciência negra”, pontuou André Macêdo, coordenadora do Centro Social Urbano do Nordeste de Amaralina.
Também compuseram a mesa do evento os superintendentes de Inclusão e Segurança Alimentar da SJDHDS, Rose Pondé, e dos Direitos da Pessoa com Deficiência da SJDHDS, Alexandre Baroni; o presidente do Conselho da Pessoa com Deficiência da Bahia (Coede-BA), Padre Minho; e o servidor e representante da Comissão e Enfrentamento ao Racismo, Sexismo e Intolerância Religiosa, Sílvio Lacerda.
Fotos: Michele Brito | Ascom SJDHDS
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