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sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Lavagem do Senhor do Bonfim chega a 275 anos

A maior festa religiosa da Bahia reuniu católicos, candomblecistas e turistas na caminhada de fé em saudação ao santo, Oxalá, para quem é de candomblé. Milhares de pessoas se uniram na manhã desta quinta-feira (16) para celebrar a maior manifestação religiosa da Bahia (A Lavagem do Bonfim). A multidão seguiu um cortejo do bairro do Comércio até a colina sagrada, a pé, em um percurso de cerca de 8 Km. "Quem tem fé, vai a pé."
Ao Salvador Notícias, uma mulher muito alegre e que marca presença todos os anos, falou ao portal: "Antes de marcar 7 hrs da manhã, a multidão envolta da Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, no Comércio, onde inicia o cortejo, era impressionante. Coisa mais linda! Você tinha que ter visto, Van. — Disse Ana Maria Silva, 63 anos, massoterapeuta do Yacht Clube da Bahia. Este ano ela saiu no bloco tomba, com o namorado, Walter Oliveira, de 58 anos, que aproveitou bastante a festa. Juntos o casal dançou, comeu feijoada depois do cortejo na baixa do Bonfim e se divertiram como nunca. 

Desde os primórdios, tradicionalmente é da igreja da padroeira do Estado, que a imagem do Senhor do Bonfim sai até chegar na Colina Sagrada, localizada no bairro do Bonfim. A imagem do Senhor do Bonfim (para os católicos) ou de Oxalá (para os candomblecistas) foi levada em uma caravela, produzida pelo artista plástico Zaca Oliveira (filho da Cidade Baixa), com detalhes em azul, com o intuito de simbolizar o mar.
A caravela é alusiva aos 275 anos da chegada do Senhor do Bonfim em Salvador, no dia 18 de abril de 1745. A ideia, pela primeira vez, foi para lembrar que o Senhor do Bonfim chegou qui pelo mar, em uma caravela", Disse Padre João, ligado a igreja do Bonfim.


História:
A devoção ao Senhor do Bonfim foi introduzida no Brasil no século XVIII por um capitão português que tinha realizado uma promessa caso sobrevivesse a uma tempestade no mar. O Senhor do Bonfim, uma representação de Jesus Cristo, é alvo de grande devoção, sobretudo em Salvador, capital do estado da Bahia. O culto ao Senhor do Bonfim é bem parecido com o que acontece com a Virgem Maria, figura cultuada no catolicismo sob diferentes nomes. No caso do Senhor do Bonfim, a devoção é realizada sob a imagem de Jesus Cristo crucificado.


Como o culto ao Senhor do Bonfim chegou ao Brasil?

O culto ao Senhor do Bonfim foi trazido para o Brasil em meados do século XVIII. Essa devoção foi introduzida no país por Theodósio Rodrigues de Faria, capitão de mar e guerra da Marinha portuguesa que chegou a ocupar cargos na administração colonial. Theodósio era dono de três navios negreiros, que traziam escravos da África Ocidental para o Brasil.

Durante uma tempestade marítima, Theodósio prometeu que, caso sobrevivesse, faria um esforço e traria, pessoalmente, uma imagem do Senhor do Bonfim e da Nossa Senhora da Guia para o Brasil.

Quando Theodósio trouxe a imagem do Senhor do Bonfim para Salvador, ele e outros devotos tentaram criar uma irmandade oficial com o objetivo de promover culturalmente a devoção ao Senhor do Bonfim. Essa irmandade teria a função de cuidar do templo construído ao Senhor do Bonfim e da realização da festa. No entanto, a criação dessa irmandade não foi autorizada.

Depois que o Senhor do Bonfim foi introduzido no Brasil, sua devoção tornou-se bastante popular em Salvador. Com o passar do tempo, esse culto foi sendo incrementado por novas tradições, como a prática da lavagem da escadaria e o uso das fitas como amuletos. O padroeiro oficial de Salvador é São Francisco Xavier, logo, Senhor do Bonfim é considerado o padroeiro não oficial da cidade.


Quando foi fundada a Igreja do Bonfim?
A construção da Igreja do Bonfim iniciou-se logo depois que Theodósio trouxe as imagens do Senhor do Bonfim e da Nossa Senhora da Guia para o Brasil, em 18 de abril de 1745. A imagem do Senhor do Bonfim era uma réplica daquela que estava em Setúbal, cidade natal de Theodósio.

Enquanto o templo estava em construção, as imagens foram depositadas na Capela da Penha. Como local para a construção da igreja foi escolhida uma colina que ficava em uma propriedade chamada Alto do Mont Serrat. Com o tempo, essa colina passou a ser conhecida como Colina do Bonfim.

Em 1754, as obras internas da Igreja do Bonfim ficaram prontas. No dia 24 de junho daquele ano, aproveitando os festejos juninos, a imagem do Senhor do Bonfim foi transferida, em uma procissão, da Capela da Penha para a Colina do Bonfim. As obras da igreja encerraram-se em 1772, quando as torres da Igreja do Bonfim foram finalizadas.



Colaboração: Van Amorim




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