Um total de 1.339 pacientes atendidos e 510 cirurgias realizadas no período de 1º a 15 desse mês de abril. Esse é o resultado alcançado no Hospital Geral do Estado – HGE – desde que passou a operar apenas como centro de referência estadual de referência para casos de trauma. De acordo com o médico André Luciano Santana, diretor geral da unidade hospitalar, os resultados positivos alcançados nesse período “reforçam o pensamento acertado do Governo do Estado e do secretário da Saúde Fábio Vilas-Boas, de transformar o HGE em um hospital exclusivo para trauma, o que sempre foi a sua vocação”.
Ainda conforme André Luciano, o HGE possui uma equipe com profissionais altamente qualificados para atender traumas em mais de 20 especialidades. “Até então, desgastávamos equipes muito qualificadas com o atendimento de casos leves, medindo pressão, cuidando de dores abdominais. O acerto da destinação do HGE para atendimento exclusivo a casos de trauma ficou ainda mais evidente nos 15 primeiros dias de abril, quando atingimos uma melhora significativa na qualidade do atendimento e no elevado número de pacientes cirúrgicos que foram captados”, observou.
Pacientes regulados
Desde o último dia 28 de março, o Hospital Geral do Estado passou a atender apenas pacientes regulados pelo Samu ou pela Central Estadual de Regulação, oriundos de hospitais e UPAs de todo o estado. Em função disso, as demandas que não representem risco de morte, devem buscar atendimento em uma Unidade Básica de Saúde ou uma UPA. Desde então, a unidade recebeu 330 pacientes trazidos pela regulação e 136 pelo SAMU, todos casos de trauma por razões diversas.
Com o novo perfil do HGE, os pacientes dos 417 municípios baianos que necessitam de atendimento nas áreas de ortopedia, oftalmologia (trauma), otorrinolaringologia e outras, além de queimados, passarão a acessar o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, como unidade 100% dedicada a casos graves. Somente no ano passado, foram atendidos no HGE mais de 65 mil pacientes, dos quais 36% casos de eram clínica médica, que poderiam ser resolvidos em unidades básicas de saúde ou unidades de pronto atendimento.
André Luciano chama atenção ainda para outros pontos positivos obtidos com a mudança, que são o fato de não ter pessoas infectadas com o novo coronavírus em contato com outros pacientes, e o impacto na aplicação de recursos: “há pacientes de clínica médica que ficam até 40 dias o que gera uma grande despesa”. Para o diretor do HGE, a população que costuma buscar a unidade para qualquer caso de emergência, aos poucos está assimilando a mudança e apoiando as novas medidas. “Vale ressaltar que o trauma é a doença do século, que as pandemias passam, mas os acidentes vão continuar acontecendo. A população cresceu, os traumas também cresceram e podem continuar crescendo”. Concluiu.
HGE 1 e 2
Inaugurado em abril de 1990, para substituir o antigo Hospital Getúlio Vargas (Pronto Socorro), o HGE acaba de completar 30 anos. O Getúlio Vargas era o único hospital de portas abertas, que atendia toda a população, criando-se assim cultura de se buscar a unidade para qualquer tipo de demanda. Em 2016, foi inaugurado o HGE 2, duplicando a capacidade de atendimento da unidade. Atualmente o complexo (HGE 1 e 2) é referência para os atendimentos de média e alta complexidade. É o maior hospital especializado em trauma do Estado da Bahia. São 60 leitos de UTI geral, oito pediátrica, quatro na unidade de queimados, um novo centro cirúrgico com dez salas de cirurgia. São mais de vinte especialidades de plantão 24 horas para atender trauma.
Ascom Sesab
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