Com apoio de consultorias do Sebrae, artesãos produziram no último mês cerca de 5 mil máscaras, que foram comercializadas e também doadas
Uma das medidas recomendadas pelas autoridades de saúde para evitar a propagação e contágio por Covid-19 é o uso de máscaras. Com isso, a procura por esse produto vem crescendo desde o início da pandemia, inclusive por conta de decretos que determinam o uso obrigatório de máscaras em transporte público e ambiente de trabalho.
Para muitos artesãos, que tiveram suas atividades impactadas pela crise, a demanda por máscaras apareceu como uma alternativa para superar as dificuldades desse momento. Contando com apoio de consultorias online do Sebrae, por meio do projeto Artesanato Referência da Bahia, que tem a parceria do Sistema Faeb/Senar, profissionais de diversas partes do estado começaram a fabricar o produto.
Entre os dias 20 de março e 27 de abril, um grupo de 50 artesãos atendidos pelo projeto produziu cerca de 5 mil máscaras, faturando em torno de R$ 35,4 mil. Parte da produção é doada para comunidades, instituições e até mesmo familiares e amigos dos artesãos. Por meio das consultorias, eles recebem orientações focadas em design, sustentabilidade, finanças e mercado.
Alguns tiveram que se reinventar para encarar esse momento. É o caso da artesã Joci Santos, 52, que trabalha com biscuit, modelagem e porcelana fria. Ela pediu uma máquina de costura emprestada a uma amiga, buscou tutoriais na internet e, em dois dias começou, a produção de máscaras.
“Coloquei no perfil no WhatsApp e logo foram surgindo as demandas. Desde então, os pedidos não param de crescer”, diz Joci.
A artesã Joelma Rocha, 48, por sua vez, já trabalha com tecidos e a produção começou a partir de um pedido do filho. “Ele pediu que eu produzisse uma máscara para usar no trabalho. Chegando lá, um colega viu e também encomendou. Assim, a minha produção começou a se espalhar e, esse mês, consegui pagar as contas com a venda de máscaras”, conta Joelma.
A coordenadora de Economia Criativa do Sebrae Bahia, Tatiana Martins, destacou que a instituição segue no apoio aos artesãos para que eles possam encarar e superar a crise, por meio das ferramentas disponíveis. “Importante lembrar que o artesanato é uma atividade milenar e já enfrentou e superou inúmeras crises. Seguimos ao lado dos nossos artesãos para darmos todo o suporte necessário nesse momento delicado”, concluiu.
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