A atuação abusiva dos bancos no empréstimo consignado aos idosos está na mira da Senacon (Secretária Nacional do Consumidor) que quer a suspensão da cobrança enquanto durar o período de calamidade pública, provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Uma investigação aberta com base em reclamações feitas à Ouvidoria do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), sobre operações feitas entre 2017 e 2019, revela abuso nas taxas cobradas por 10 organizações financeiras. Estão na lista, o Pan, líder em queixas, Itaú Consignado, BMG e Cetelem.
De acordo com o Banco Central, as dívidas de aposentados e pensionistas do INSS no crédito consignado somaram R$ 138,7 bilhões em 2019, aumento de 11% na comparação com 2018.
Os consignados são cobrados diretamente das aposentadorias e pensões pagas pelo INSS. Pela regra, não podem ultrapassar 30% do benefício e tem mais uma margem de 5% destinado ao cartão de crédito consignado.
Segundo especialistas, as taxas abusivas leva ao superendividamento, agravado com o atual cenário. Com a perda da renda familiar e o aumento do desemprego, milhões de idosos passaram a ser os únicos responsáveis pelo sustento do lar.
Diante da nova realidade, a melhor saída é a suspensão das cobranças. Vale destacar que os idosos, como a imensa maioria dos brasileiros, têm quase zero assistência do governo.
Fonte Bancários Bahia
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